Marina Costin Fuser[1]
Aviso aos navegantes:
Ao me propor a analisar a série ‘Black Earth Rising’, me deparei com questões éticas que concernem a meu lugar de enunciação, a saber, de que maneira uma judia ashkenazi (portanto, de origem europeia) é autorizada a falar de genocídios que aconteceram em Ruanda e na República Democrática do Congo? No que pese o fato de eu ser branca e pertencente a uma elite cultural num país onde a maior parte dos descendentes da diáspora africana têm pouco acesso e espaço para elaborar acerca de suas próprias origens, penso que haja um diálogo possível em torno de questões que a série suscita.
Meu lugar de fala não se dá sem ambiguidade, enquanto descendente de judeus refugiados, que escaparam por um triz da “solução final’ destinada aos judeus de Budapeste. Em 1944, em quatro meses, cerca de 475.000 judeus húngaros foram deportados para Auschwitz e assassinados nas câmeras de gás, no mesmo ano em que minha avó e meus bisavós deixaram a Hungria para seguir uma longa jornada que eventualmente os levaria ao Brasil. A adolescente que teve que costurar uma estrela amarela em suas roupas, que foi expulsa do time de natação e mais tarde foi obrigada a abandonar o lugar onde nascera e crescera, é minha avó Lídia, que ajudou meus pais a me criar, e com quem passei os momentos mais felizes da minha infância. Esta série mexeu comigo por suscitar uma memória que só posso lembrar por aproximação, por imaginar pelo que passaram os meus ancestrais que não tiveram a mesma sorte que minha avó, bem como uma memória coletiva de pertencimento a um povo cujas histórias foram interrompidas e abaladas por um genocídio.
Como diz Marianne Hirsch, há uma espécie de “pós-memória” (2012), que implica “a relação que gerações posteriores ou testemunhas contemporâneas distantes mantêm com o trauma pessoal, coletivo e cultural de outros – com as experiências que eles ‘lembram’ ou conhecem apenas por meio de histórias, imagens e comportamentos.” Mesmo quando a memória do sobrevivente apresenta falhas, a “pós-memória” (idem) sobrevive enquanto memória coletiva, como um “ato de solidariedade e talvez agência em nome do trauma do outro”, e que tem por objetivo último fazer com que a história dos genocídios jamais se repita.
Dito isso, reconheço que, ainda que haja um paralelo entre os genocídios que atravessam a história da humanidade, sobretudo em sua fase moderna, devo tomar o devido cuidado para não os tratar como se não houvesse uma discrepância abissal em como o mundo trata um genocídio em território Africano, território este onde a empresa colonial já havia deixado seu rastro de sangue e de dor num passado ainda recente.
* Múltiplos spoilers, e para os mais sensíveis, tudo neste texto é perigoso
A série da BBC 2/Netflix, ‘Black Earth Rising’, roteirizada e dirigida por Hugo Blick, conta a história de Kate Ashby, uma sobrevivente de um genocídio que se deu entre hutus e tutsis de Ruanda. Ela é resgatada por Ed Holt, que prestava ajuda humanitária em Ruanda e depois no Zaire (agora República Democrática do Congo), que morre pouco tempo depois no continente africano, mas antes consegue conduzi-la sã e salva, para o Reino Unido, aos cuidados de sua noiva Eve Ashby. Kate não sabe mais do que a história que sua mãe contara sobre sua origem tutsi, como a sobrevivente do genocídio de Ruanda em 1994. Sem nome, sem ancestralidade, sem história (exceto a história coletiva), Kate sofre um trauma que nem mesmo os medicamentos psiquiátricos, e o conforto de uma vida assistida dão conta de apaziguar suas tormentas.
Com efeito, ela se forma em direito e trabalha no escritório de advocacia da mãe com seu sócio Michael Ennis, e malgrado o seu temperamento explosivo e atormentado, basta um evento para que se abra toda uma caixa de Pandora: sua mãe é designada a trabalhar no julgamento do general Simon Niamoya da RPF, conhecido como herói nacional, por ter acabado com o genocídio dos tutsis. A partir deste acontecimento, ainda no primeiro episódio, o story-telling da série se distribui em torno de três arcos dramáticos que se entrelaçam, que têm em seu fulcro julgamentos históricos que se dão principalmente nos desdobramentos do genocídio de Ruanda: (1) A relação conturbada de Kate Ashby com a mãe, Eve Ashby em torno do julgamento de Niamoya por crimes de guerra; (2) a investigação de Kate e o julgamento de Alice Munazero pelo assassinato do Padre Patenaude; e (3) a investigação de crimes de guerra de Patrice Ganimana, onde está em jogo a história de Kate e de Ruanda.
Essa análise, em três partes, lança luz sobre estes três encadeamentos narrativos e reflete sobre a historicidade da trama, que ainda que ficcional, mantém-se em grande medida fidedigna e coerente com os fatos históricos. As tramas em torno dos três julgamentos estão interligadas, afinal elas têm como pano de fundo o mesmo evento: o que acontece após o genocídio de Ruanda em 1994.
Muitas pessoas descobriram sobre a existência do genocídio de Ruanda com o filme ‘Hotel Ruanda’ (2004), escrito por Terry George e Keir Pearson e dirigido por George, que obteve 3 indicações para o Oscar em 2005 (melhor roteiro original, melhor ator para Don Cheadle e melhor atriz coadjuvante para Sophie Okonedo). O filme faz um resgate sobre o genocídio até então pouco conhecido dos frequentadores das salas de cinema. Trata-se da história de Paul Rusesabagina, gerente do Hotel des Milles Collines, da rede belga “Sabena”, em Kigale (Ruanda), que é hutu, mas casado com Tatiana, de etnia tutsi, com quem tem 3 filhos, que durante o genocídio dos tutsis pelos hutus, acaba por transformar o hotel num campo de refugiados. No momento que o auxílio da ONU e da comunidade internacional basicamente se limitou a retirar suas tropas e residentes estrangeiros do país, Paul acaba cometendo atos de heroísmo para salvar vidas, subornando milicianos hutus para obter alimento e algum nível de proteção. O filme é acusado de deturpar certos fatos históricos, mas isso não vem ao caso aqui. O que interessa para nós é que, pela primeira vez, um blockbuster aborda o tema para o grande público, e dada a continuidade temática, serve como uma introdução à série ‘Black Earth Rising’.
O que precisamos saber sobre o genocídio de Ruanda?
Não se sabe ao certo quando teve início a rivalidade entre as etnias hutus e tutsis; mas, quando Ruanda era colônia da Bélgica, os colonizadores privilegiavam a minoria tutsi, tratando-a como superior, portanto, digna de cargos da administração colonial (MINAYO, 2008, p. 61). Em 1959, os hutus viraram a mesa e foram protagonistas de uma revolução que depôs a monarquia e provocou um massacre dos tutsis, o que gerou um fluxo de tutsis que procuraram refúgio nos países vizinhos. Nos campos de refugiados em Uganda formou-se a Frente Patriótica Ruandesa (FPR), tropas rebeldes que pretendiam voltar a Ruanda e retomar o controle do país. Com efeito, eles invadem Ruanda em 1990, o que deflagra uma guerra civil contra o governo hutu. Mas em junho de 1993 chega-se a um Acordo de Paz em Arusha, na Tanzânia.
Porém a paz não é compatível com a crescente propaganda do governo hutu e de extremistas paramilitares contra os tutsis. “Baratas!” – os chamam. A paz não sai do papel, que é finalmente rasgada em 6 de abril de 1994, quando o avião que transporta Juvenal Habyarimana, presidente de Ruanda, é derrubado. Com ele, estava o presidente do Burundi, Cyprien Ntaryamira, também de etnia hutu. Os extremistas hutus colocam a culpa na RPF – o que nunca fica provado – , o que serve de estopim para deflagrar o genocídio dos tutsis. Passaram a usar as rádios e os demais meios de comunicação para incitar violência contra os tutsis, alertando a população a “eliminar as baratas”. Segundo a ONU, entre 6 de abril e 29 de julho de 1994, em cerca de 100 dias, estima-se que 800 mil tutsis foram assassinados, principalmente mulheres e crianças, no intuito de eliminar a etnia tutsi por grupos extremistas (interahamwe) que tinham ligação com o governo hutu (HOLMES, 2011, p. 177). Vizinhos matavam vizinhos, maridos matavam mulheres, enquanto as milícias bloqueavam estradas com facões, provocando um banho de sangue. Mulheres eram estupradas, feitas de escravas sexuais, crianças e bebês eram abatidos e jogados no Rio Nyabarongo.
Com o suporte do exército de Uganda, a RPF foi ganhando territórios, até que, em 4 de julho, chega a Kigali, capital de Ruanda. Com isso, cerca de 2 milhões de hutus, entre os quais estavam também os genocidas e suas famílias fugiram para o Zaire, hoje a República Democrática do Congo, temendo uma possível retaliação dos tutsis. Tratarei destes acontecimentos em outro momento, já que a série trata com profundidade deste corolário.
Só em 1999 a comunidade internacional reconhece o episódio enquanto um genocídio. Havia tropas da ONU e da Bélgica presentes no país, que pouco ou nada fizeram para conter o genocídio e bateram retirada após a morte de 10 soldados belgas. Os franceses, aliados dos hutus, enviaram tropas a Ruanda para promover segurança no país, mas foram acusados de conivência com o massacre. Por desencargo de consciência e responsabilização diante da inação dos órgãos internacionais, preferiam tratar o que se passou em Ruanda como conflitos étnicos isolados, jogando panos quentes.
Com este prelúdio, fica mais fácil acompanhar o contexto histórico da série ‘Black Earth Rising’, contexto este que o filme ‘Hotel Ruanda’ pôde muito bem proporcionar. Os não iniciados podem ter dificuldade em entender a narrativa, já que a série, embora não se furte a contar a história, não é exatamente didática, e se limita a contá-la em fragmentos esparsos de memória que acompanham os encadeamentos narrativos, sem uma explicação que sirva para situar o espectador. A interpretação de Michaela Coel e o roteiro são envolventes a ponto de nos instigar a buscar informações por conta própria.
Parte I: As Marcas do trauma – Reino Unido / Haia
Em ‘Psicoterapia da histeria’, Freud (1995) diz que são necessários dois tempos para que se constitua um trauma: primeiro o evento que vai gerar o trauma, depois um segundo acontecimento, que remete ao primeiro, produz o trauma enquanto tal. Neste texto, Freud fala da sexualidade, da sedução da criança por um adulto, limitando-se a relacionar a excitação sexual ao desprazer (na segunda fase). O advento da I Guerra Mundial e as decorrentes neuroses de guerra levaram Freud a repensar sua teoria em 1920, introduzindo os conceitos de pulsão de morte e o conflito pulsional entre Eros e Tânatos (pulsões que visam preservar ou destruir a vida) em ‘Além do princípio do prazer’ (FREUD, 1981).
Essa dualidade pulsional está na base da noção de “neurose traumática”, na qual a memória que gera o trauma, ao invés de ser recalcada, faz o sujeito passar a revivê-la incessantemente, tendo no medo, no pânico, no horror o seu mecanismo de proteção, posto que o evento traumático na vida do infante atinge uma psiché todavia vulnerável, não plenamente constituída. Em ‘O Seminário, Livro 1: Os escritos técnicos de Freud’, Lacan indica que a chave para lidar com esse tipo de trauma não consiste em reviver o trauma, que sempre retorna, mas, por sua vez, encontrar uma “síntese presente do passado a que chamamos história” (LACAN, 1986, p. 53). Ele afirma que “o caminho da restituição da história do sujeito toma a forma de uma procura da restituição do passado” (LACAN 1986, p. 22). Ou seja, para Lacan, não interessa tanto a rememoração do passado, mas como o sujeito o reconstrói.
Pego de empréstimo esta noção de trauma, não para arriscar uma análise psicanalítica que fugiria ao propósito desta análise, mas para refletir esse trauma que sempre retorna na série. Aqui menos como um recalque, do qual a série nos fornece poucos elementos para brincar, mas como uma memória coletiva que busca preencher o vazio de algo que Kate Ashby não tem condições de lembrar, visto que só tinha três anos quando o genocídio ocorrera. A análise deste primeiro arco dramático se dá na relação entre Kate e Eve, sua mãe adotiva, aquela que tinha vida adulta e consciente quando os acontecimentos se desenrolam, embora ela não os presencie, e se inteire destes por meio de seu marido Ed Holt, quem resgata Kate. Ed Holt não é um personagem na série; Ruanda não é o lugar onde ocorrem o primeiro e o segundo acontecimento da série. O que Kate sabe por meio de terceiros sobre o genocídio que sobrevivera se dá “a posteriori”, como um trauma, no Reino Unido. É possível que o trauma já estivesse formado antes de seu gatilho, na medida que Kate teve condições de ouvir a sua história, tomá-la como sua, elaborá-la em linguagem. Mas, para todos os efeitos, é quando ela descobre que sua mãe vai julgar o caso de Simon Nyamoya que o trauma volta com toda sua intensidade.
A acusação de que um herói tutsi que ajudou a barrar o genocídio em Ruanda cometera crimes de guerra contra os hutus após o genocídio lhe parece insuportável. Ela se sente traída pela mãe em querer tomar parte nisso, como se fosse algo diretamente contra ela. É precisamente a partir deste momento que Kate inicia sua passagem do reviver o trauma (tal como ela o entende que se passou) para ativamente restituir seu passado, sobre o qual ela pouco sabe.
Na primeira cena após o prólogo, Kate está num consultório psiquiátrico, no qual ela parece contrariada e sem paciência. O psiquiatra a pergunta se ela é protagonista ou paciente, e ela responde que “só os loucos pensam que estão em controle de suas vidas”. Restituir o passado implica nessa passagem de paciente para protagonista, e embora ela resista ao tratamento, ela logo se vê forçada a assumir as rédeas da própria vida, o que, no caso, vai muito além de descobrir sua história, mas agir sobre ela, buscar justiça para Ruanda. Neste momento, em seu lugar de paciente, ela só quer os seus remédios para lidar com suas tormentas.
O conflito realmente se desenvolve quando na última cena do primeiro episódio, a filha é pega mexendo nos arquivos do caso Nyamoya que estão na mesa da mãe. A mãe se enfurece e mostra à filha uma foto do genocídio, com cadáveres espalhados no chão. Ordena que a filha olhe bem para a fotografia e diz que, ao olhar esta foto, ela vai se lembrar. Esse “se lembrar” não se alude a uma memória vivida, mas sabida. A filha então mostra uma cicatriz enorme na barriga, e ordena que a mãe olhe bem para sua cicatriz, diz que foi o que aconteceu com ela, e que não se lembra de nada. Aqui a memória ganha corpo como uma falta, como a impossibilidade do lembrar. Só resta a marca. Ela não sabe o que fazer dessa marca. Ela não sabe sequer o seu nome. A única coisa que ela sabe é o que aconteceu com quase um milhão de pessoas.
Em ‘Imagens apesar de tudo’, Georges Didi-Huberman (2020) contesta a ideia de que os genocídios modernos seriam inimagináveis, posto que, ainda que escassas, há imagens – ainda que não saibamos o que fazer delas, apesar de tudo. Diz ele que “a fotografia está em parte ligada à imagem e à memória: possui por isso o seu iminente poder epidérmico” (DIDI-HUBERMAN, 2020, p. 40). Portanto, é difícil de erradicá-la como memória que sobrevive. Aqui ele está falando de fotografias dos campos de extermínio em Auschwitz-Birkenau tiradas por membros do Sonderkommando (judeus forçados a operar as câmeras de gás). Embora se trate de outro genocídio, no caso de Ruanda e adjacentes, as fotografias e filmagens eram mais numerosas, mais nítidas, numa tecnologia de 1994 e não de 1944. Ele diz: “Basta ter olhado uma vez para este resto de imagens, para este corpus errático de imagens apesar de tudo, para sentir que já não é possível falar de Auschwitz nos termos absolutos – do ‘indizível’ e do ‘inimaginável’” (DIDI-HUBERMAN, 2020, p. 43).
Pois não se pode chamar algo de ‘indizível’ quando tanto já teria sido dito sobre o acontecimento, ou de ‘inimaginável’ quando imagens do que se passara em Auschwitz estão em circulação. Olhar para a fotografia, como Eve Ashby ordena à filha, não chega a ser um ato literal de se lembrar, mas de imaginar, de acessar uma verdade, ainda que parcial e imprecisa, que se pode extrair desta fotografia. Mas Kate devolve com a memória do corpo, que é inacessível, e cuja imagem deixa marcas sem uma história, fora aquela que se passara com 800 mil pessoas.
No segundo episódio, após o fracasso de um atentado terrorista cujos autores abortam a missão ao constatar a presença de crianças no julgamento de Nyamoya no Tribunal de Haia, na Holanda, Eve, seu colega e Nyamoya são assassinados por um atirador vestido com trajes policiais na porta do local onde Nyamoya está instalado para esperar o julgamento. A morte é repentina, fria, sem que ninguém pudesse esperar. Nyamoya morre sem um julgamento que esclareceria os ocorridos após o genocídio de Ruanda, nos campos de refugiados hutus no então Zaire (hoje Congo); Eve morre sem que a filha possa lhe pedir desculpas por ter se excedido na noite anterior. Mas é a morte da mãe que sela o destino de Kate e dá lugar à história da qual ela passa para o lugar de protagonista.
Na História
De acordo com a BBC News, matéria de 10 de setembro de 2018 sob o título de ‘Black Earth Rising: The Rwandan Genocide and its Aftermath’, o personagem ficcional Simon Nyamoya se assemelha ao General Bosco “Exterminador” Ntaganda, que lutou com os tutsis em Ruanda nos anos 1990 e foi recebido no país como um herói que barrou o genocídio. Uma investigação da ONU mostra que Ntaganda depois constrói um império lucrativo na República Democrática do Congo na arrecadação de impostos das minas controladas pelos seus homens, e no comércio ilegal de carvão. O general Ntaganda é acusado de cometer massacres no Congo e aliciar crianças para as suas milícias. Ntaganda é julgado pelo Tribunal Penal Internacional em Haia, e em 2019 é declarado culpado por 18 acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos em Ituri, na República Democrática do Congo entre 2002 e 2003, com pena de 30 anos.
Referências Bibliográficas:
DIDI-HUMBERMAN, Georges. Imagens Apesar de Tudo, Tradução de Vanessa Brito e João Pedro Cachopo, São Paulo: Editora 34, 2020.
FREUD, Sigmund. A psicoterapia da histeria. In: Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud: edição standard brasileira. Vol. II. Rio de Janeiro: Imago, 1995.
__________ Au delà du principe du plaisir. In: ‘Essais de Psychanalyse’ (pp. 41-115). Paris: Payot. (Trabalho original publicado em 1920), 1981.
HIRSCH, Marianne. The generation of postmemory: writing and visual culture after the holocaust. New York: Columbia University Press, 2012.
HOLMES, Georgina. Did newsnight miss the story?: A Survey of How the BBC’s ‘Flagship Political Current Affairs Program, Reported Genocide and War in Rwanda between April and July 1994. Genocide Studies and Prevention, v. 6, Number 2, p. 174-192, 2011.
LACAN, Jacques. O seminário , livro 1: Os escritos técnicos de Freud (1953-1954). 3. ed. Texto estabelecido por Jacques-Alain Miller. Tradução: Betty Milan. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
MINAYO, Myriam de Souza. ¿Obligación Internacional de Proteger o Caballo de Troya? Intervenciones Armadas por Razones Humanitarias. 1ª ed. São Paulo: Aderaldo & Rothschild, 2008.
Notícias:
BBC, ‘Black Earth Rising: The Rwandan Genocide and its Aftermath’, 10 de setembro de 2018.
Disponível pelo Link: https://www.bbc.com/news/world-africa-45447840
Filmografia:
‘Black Earth Rising’. 2018–2019. Dir. Hugo Blick, Drama Republic / BBC Studios / Eight Rooks Production.
‘Hotel Rwanda’. 2004. Dir. Terry George. Lionsgate Films.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Boletim Lua Nova ou do Cedec.
[1] Doutora em Cinema e Estudos de Gênero pela University of Sussex (orientação de Rosalind Galt e Lizzie Thynne), revalidado como Meios e Processos Audiovisuais pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Faz uma pesquisa pós-doutoral sobre gênero e inteligência artificial no programa de Tecnologias da Inteligência e Design Digital na PUC-SP (TIDD – PUC-SP).
Fonte Imagética: Reprodução Netflix. ‘Black Earth Rising’: Bela e Relevante Minissérie Escondida na Netflix (Créditos: Netflix). Disponível em <https://www.cineset.com.br/black-earth-rising-bela-e-relevante-minisserie-escondida-na-netflix/. Acesso em 22 fev 2022.