Carlos Eduardo Rezende Landim[1]
Introdução[2]
As guerras são eventos catastróficos que não apenas ceifam vidas e destroem propriedades, mas transformam substantivamente ordens estabelecidas fundadas em normas, ideias e percepções atuantes como consciência prática inevitável em um Sistema Internacional movido por interesses colidentes. Com a Primeira Guerra Mundial não foi diferente. Há um consenso na literatura de que esse evento sinalizou um ponto de inflexão crucial nas relações internacionais. A drástica mudança representada pelo declínio da Pax Britannica e pela ascensão dos Estados Unidos da América como líder do internacionalismo liberal conduziu a uma nova espacialização do mundo, ditado pela reconfiguração dos antigos domínios imperiais e coloniais das potências europeias.
É em meio a esse processo que se configura a institucionalização do pensamento teórico-disciplinar em Relações Internacionais. Surgindo como ciência em 1919, as Relações Internacionais passaram a agregar contribuições teóricas da filosofia política, da ciência política, da geopolítica, da história, bem como de outras áreas das ciências humanas. Desde seu marco inicial, a edificação do terreno teórico da disciplina fundou-se em bases movediças sobre as quais construiu-se consensos que acompanharam o desenvolvimento do campo (OSÓRIO, 2018, p. 22). A partir da experiência dos países na guerra, a disciplina inicia-se, ao menos em tese, com uma contraposição de ideias entre duas teorias fundamentais: o realismo clássico e o idealismo, formando o que ficou conhecido na historiografia como o primeiro grande debate das Relações Internacionais (CARR, 1981; ANGELL, 2015).
Encabeçaram esse debate os teóricos E. H. Carr, defendendo o realismo, e o ex-presidente estadunidense Woodrow Wilson e Norman Angell, como proponentes de uma visão que ficou conhecida como “idealismo” ou “utopismo”. O idealismo ganhou destaque em 1918 quando Wilson publicou o documento popularmente conhecido como “Os 14 Pontos” que trazia disposições relacionadas ao arranjo do sistema internacional no pós Primeira Guerra. A nomenclatura de “idealismo” à teoria proposta pelo ex-presidente foi cunhada pelos realistas que surgiam, em tese, como um contraponto a essas ideias (CARR, 1981).
A história do primeiro grande debate tornou-se parte dominante da auto-imagem da disciplina e serviu como ponto de partida para a historiografia. Recentemente, no entanto, um novo grupo de historiadores desafiou a suposição de que esse debate realmente ocorreu. Eles argumentam que não é possível caracterizar o pensamento wilsoniano como utópico ou idealista. Na realidade, a ideia de que a Primeira Guerra havia evidenciado a “política bárbara da civilização burguesa” e o aceno constante aos países periféricos por parte da liderança bolchevique (LÊNIN, 2017, p. 88) preocupou o establishment das potências ocidentais e Wilson atuou como figura central na reorganização do Sistema Internacional a partir de uma posição realista.
Anievas (2014) sustenta que um problema fundamental com as análises em relação a diplomacia wilsoniana, compartilhada entre realistas e liberais, é a disposição em aceitar acriticamente a ideia de que Wilson era de fato um pensador liberal, cujo objetivo era “tornar o mundo seguro para a democracia”. A principal diferença, nessa perspectiva, é que enquanto realistas o criticam por ter perseguido a “emancipação” da ordem internacional, os liberais o aplaudem. Nesse sentido, a diplomacia de Wilson, principalmente durante os anos de guerra, teria sido muito mais bem-sucedida do que seus críticos realistas apontam, pois além de obter sucesso na guerra contra as potências centrais, ajudando os Aliados a derrotá-los, ele também acelerou a ascensão do poder estadunidense ao redor do globo.
Nesse sentido, o apelo a uma “Porta Aberta global” com a remoção de todas as barreiras econômicas e o “ajuste imparcial de todas as reivindicações coloniais” pode ser compreendida como a primeira tentativa dos Estados Unidos de fundar uma nova ordem internacional contraposta à tradição européia historicamente estabelecida na compreensão clássica de “Império”[3] (NASSER, 2006; ANDERSON, 2015, p. 18). Esta nova ordem seria balizada, ao menos em tese, no tripé: democracia, autodeterminação dos povos e segurança coletiva (KISSINGER, 2001, p. 38).
Os princípios wilsonianos anunciados no imediato pós-guerra foram aceitos e recebidos com apoio nas zonas periféricas do mundo, e o presidente Wilson foi tratado como um ícone de aspirações e um destacado militante na causa da autodeterminação, apesar de não mencionar abertamente o termo no seu famoso discurso (MANELA, 2007, p. 4). Como enunciado por ele próprio, “Se desejamos derrubar o socialismo, temos que propor algo melhor” (ANIEVAS, 2014, p. 116). Wilson buscou construir uma estratégia de contrarrevolução progressiva na edificação de uma ordem internacionalista liberal. Para isso, produzir uma imagem comprometida com a emancipação colonial foi necessária. Essa imagem de aspirante à liberdade obteve pleno sucesso e foi de tal modo reconhecida e atrativa para os povos colonizados, pelo menos inicialmente, a ponto da questão da autodeterminação ser constantemente referenciada como uma “ideologia wilsoniana-leninista” (WALLERSTEIN, 1974, p. 115).
Entretanto, a despeito do véu emancipador do discurso, a visão de mundo wilsoniana foi construída historicamente sob dois legados da tradição política estadunidense que formavam um complexio oppositorium e que conduziram sua ação política. O primeiro legado é a tradição do “excepcionalismo norte-americano” fundado no entendimento de que os Estados Unidos constituíam uma nação com privilégio divino. O segundo, compunha-se da crença de uma essência universalista da república estadunidense dotada de plena liberdade. Portanto, segundo essa tese, eles obtinham não apenas o direito, mas o dever de ser o condutor do mundo que nascia rumo ao estabelecimento de uma “sociedade internacional democrática” (ANDERSON, 2015, p. 17). A título de demonstração, um discurso de Wilson em 1916 no Congresso Mundial de Vendedores é ilustrativo:
E, com a inspiração do pensamento de que vocês são norte-americanos e estão destinados a levar a liberdade, a justiça e os princípios da humanidade aonde quer que vão, saiam e vendam bens que tornarão o mundo mais confortável e feliz, e convertam essas pessoas aos princípios da América (Papers of Woodrow Wilson, 1977 apud ANDERSON, 2015, p. 17).
Nesse diapasão, em contraponto a visão dominante que projeta nesse período histórico um ethos emancipatório assentado no internacionalismo liberal wilsoniano, propõe-se neste escrito que a prática política de Wilson operou como projeto de reorganização do Sistema Internacional movido pela prática do colonialismo. Apesar da complexidade do fenômeno histórico em exame e suas diferentes manifestações ao longo da história, considera-se o colonialismo uma atividade que funcionou historicamente na periferia do sistema e foi impulsionada economicamente com fins de dominação econômica e política de determinadas nações. Nesse sentido, o conceito é incorporado aqui como um sistema de imposição e agressão à soberania e autodeterminação, mesmo quando retoricamente movido por um intento humanitário de promover a realização da “paz perpétua”.
O trabalho está dividido em duas partes: em primeiro lugar, serão discutidas as ideias com as quais Wilson esteve em constante diálogo e que moldaram, em grande medida, sua prática política; posteriormente, serão evidenciados os traços da política externa wilsoniana, sustentando que um exame sistemático de suas ideias e de sua prática política não permite afirmar que houve uma falência de um projeto do seu projeto “idealista”, como apontado pelos realistas, mas na realidade, tal projeto nunca foi perseguido por Wilson.
O “fardo do homem branco” wilsoniano e o legado para as Relações Internacionais
Há um famoso poema escrito em 1899 por Rudyard Kipling cujo nome é sugestivo. “The White Man’s Burden”[4] é uma ode a colonização estadunidense das Ilhas Filipinas, Cuba e Porto Rico conquistada na Guerra Hispano-Americana de 1898. O “fardo do homem branco” entoado nos versos do poema representa o papel universalista e civilizador atribuído aos Estados Unidos de conduzir as nações “menos desenvolvidas” rumo aos marcos da Ilustração. Em uma charge, publicada por Victor Gillan na revista Judge no mesmo ano, um desenho apresenta o “Tio Sam” e “John Bull”, caricaturas que representam respectivamente os Estados Unidos e a Inglaterra, carregando nos braços representações racialmente estereotipadas dos colonizados, guiando-os em uma montanha a ser escalada com adjetivos como “canibalismo”, “barbarismo”, “ignorância”, “brutalidade”, entre outros, em direção ao topo da montanha, que carrega as palavras “educação”, “liberdade” e “civilização”.
Sustenta-se que o imaginário político wilsoniano pode ser fielmente simbolizado pela alegoria proposta por Kipling e Gillan. Além disso, propõe-se indicar que os debates iniciais sobre política internacional entre os cientistas políticos estadunidenses foi modelado fundamentalmente pelo foco nas práticas de imperialismo e colonialismo do final do século XIX e início do século XX. Será examinado o caráter colonial das produções intelectuais no âmbito da Ciência Política na virada do século nos Estados Unidos com as quais Wilson, enquanto intelectual público, esteve em constante diálogo. Esse debate frequentemente ignorado na literatura de Relações Internacionais se constitui como a própria “pré-história” do campo.
Embora o legado da Doutrina Monroe e do Destino Manifesto tenham exercido um papel importante durante todo o século XIX no pensamento estadunidense, na transição do século essa doutrina adquire algumas particularidades. A questão de como os Estados Unidos deveriam lidar com os territórios adquiridos ao fim da Guerra Hispano-Americana ajudou a elevar a importância do discurso sobre a questão colonial. A centralidade desse tema na teoria social no início do século XX nos estudos de Ciência Política e Relações Internacionais foi informada pela emergência de uma inesgotável literatura que buscou teorizar os estudos coloniais sob a ótica da administração, produzida principalmente no âmbito da American Political Science Association (APSA).
Na sua gênese estadunidense, a Ciência Política foi concebida como um empreendimento erudito dedicado a adquirir a autoridade de conhecimento sobre seu objeto de pesquisa, qual seja, o Estado, de modo a reformar a prática governamental por meio de “métodos científicos”. Wilson sustentava que os cientistas políticos estadunidenses deveriam aprender com sistemas estrangeiros de “administração de territórios” – eufemismo para o termo “colonialismo” – porque, segundo ele, “no que diz respeito às funções administrativas, todos os governos têm uma forte semelhança estrutural” (WILSON, 1887). Deste trecho pode-se inferir o trato amistoso com o qual ele aborda o colonialismo europeu, embora fosse um defensor da posição de que a intelectualidade estadunidense deveria construir seu próprio modus operandi de inserção colonial. Muitos cientistas políticos na época acreditavam que as regiões colonizadas não pertenciam à “Sociedade de Estados”. Termos como bárbaros e incivilizados eram frequentemente aplicados com conotação científica.
A origem de uma abordagem colonial que se autoproclamava técnico-científica pode ser encontrada em um escrito produzido no final do século XIX pelo próprio Wilson (1887) em que ele advoga pela emergência de uma “ciência da administração” que procure “tornar as opiniões do governo mais eficientes, fortalecer e purificar sua própria organização e incutir em seus deveres a devoção”. A fundação da American Political Science Association (APSA), associação que congregava os grandes ideólogos políticos estadunidenses, seguiu fielmenteas premissas elaboradas por ele para a formação de um modelo administrativo das “dependências”, guiada pelo primeiro presidente da Associação, Frank Goodnow. Para ele, a administração colonial representava uma das divisões centrais da Ciência Política. Ele não preocupou-se em estabelecer uma distinção entre administração e política (SCHMIDT, 1998 p. 127), clamando que um “estudo do governo que exclui a consideração do sistema administrativo e dos métodos administrativos reais é passível de levar ao erro como as especulações de um teórico político que não tem consideração pelos princípios do direito público” (GOODNOW, ANO apud SCHMITDT, 1998, p. 127).
O registro dos debates ocorridos no primeiro encontro anual da APSA, em 1904, assinalam os embates políticos acerca dos rumos do colonialismo estadunidense. Apesar das divergências acerca do modelo colonial a ser empregado, existia um consenso sobre a necessidade de tal empreendimento. A maior preocupação do encontro era debater as estratégias de dominação dos Estados Unidos em relação aos territórios coloniais e tecer considerações sobre o papel da Associação no processo, como enunciado no documento do Primeiro Encontro Anual da APSA:
Antes de tudo, o povo americano deve aprender a ficar satisfeito com aquele progresso natural que é necessariamente lento. Se continuarmos a navegar rapidamente pela corrente da pseudo-assimilação, dificilmente uma catástrofe completa poderá ser evitada. As condições sociais e econômicas das ilhas não podem ser regeneradas por manifesto estatal. A melhoria só pode vir através do trabalho paciente de décadas, e é apenas na base de condições econômicas mais desenvolvidas que uma civilização social adequada pode ser erguida. Doçura e leveza, neste caso, assumem a forma de bom senso de negócios e evitam esquemas de assimilação de longo alcance. Jamais conseguiremos transformar os filipinos em americanos; mas podemos esperar por uma política natural e cuidadosa para ajudar a elevar sua vida a um plano superior, embora deva permanecer sua vida, e nunca nossa (First Annual Meeting, 1904 apud MORRIS, 1904a, p. 139-143).
Durante a discussão dos rumos políticos do colonialismo estadunidense no congresso, pode-se destacar três posições que moldaram a conduta da instituição. Henry Morris (1904) enfatizava a necessidade urgente para a educação dos estadunidenses em questões relativas à colonização e a política colonial, como forma de combate ao número considerável de críticas que o sistema de colonização vinha sofrendo. Segundo ele, os representantes da APSA tinham como tarefa auxiliar nesse empreendimento, de modo que um dos passos mais úteis a serem dados seria a inauguração de um Instituto Colonial, cujo propósito deveria ser o estudo dos problemas relacionados à política nas dependências (Idem).
Theodore Malburg, outra figura relevante no debate sobre administração colonial, considerava a atuação imediata dos Estados Unidos nas “dependências” um gesto de “preocupação com as futuras gerações”. A partir de uma distinção não fundamentada entre o bem-estar dos atuais habitantes de um país e o bem-estar do próprio país, ele afirma que o objetivo principal dos Estados Unidos deveria ser administrar as dependências em seu próprio benefício futuro, o que deveria significar estar menos preocupados com o bem-estar das pessoas que habitam o território no momento, como ele próprio subscreve:
As unidades da população existente, como nós, são um fenômeno passageiro. Eles não deveriam, é claro, sofrer nenhuma injustiça, mas deveriam, por outro lado, ser favorecidos em relação a outra raça que poderia estabelecer uma base melhor para o futuro bem-estar do país? (First Annual Meeting, 1904 apud. MORRIS, 1904a)
A terceira posição de destaque é defendida por Willoughby. Ele orienta seu juízo em um sentido aparente menos nocivo para os povos coloniais, ainda que eivado de paternalismo e alto grau de condescendência com os princípios enunciados. Atestando a necessidade de levar em consideração as particularidades e hábitos locais das pessoas que serão governadas, ele sustenta que a “arte de um governo honesto e eficiente” deve ser ensinado da melhor maneira e concedendo aos habitantes, na medida do possível, a administração de seus próprios assuntos locais, colocando-se como “poder supervisor” nas colônias (apud MORRIS, 1904b)
Na mesma direção argumenta Paul Reinsch (1869-1923), uma das figuras proeminentes em matéria de administração colonial e importante ideólogo das Relações Internacionais, embora frequentemente exilado dos estudos historiográficos do campo pela literatura que projeta no liberal-internacionalismo uma visão utópica de construção de um mundo democrático. Ele atesta uma transição no final do século XIX do nacionalismo stricto sensu para o que ele denomina o “Nacional-Imperialismo”. Esse modelo consistia na justaposição de civilizações avançadas à inferioridade de outras, estendendo a civilização sobre os “bárbaros” e “decadentes” (REINSCH, 1903, p. 3-8). Ao discorrer sobre a projeção colonial estadunidense, o autor foi um arguto crítico do colonialismo europeu. Apoiando-se também no “excepcionalismo americano”, ele concluiu que seria possível alcançar uma política colonial “iluminada” e que os interesses imperiais estadunidenses eram legítimos, de modo que seria impróprio abdicar da responsabilidade de governar esses países. É evidente no argumento sustentado por ele o caráter excepcionalista do colonialismo estadunidense, dever que seria levado a cabo pelos Estados Unidos com o único objetivo de conduzir as nações rumo ao progresso social.
É inegável, portanto, que não existia uma atmosfera emancipatória e idealista nessas posições. Muito embora Wilson não se filiasse às tradições mais reacionárias, ele incorporou muitas das premissas ideológicas da intelectualidade da APSA e esteve muito próximo às posições enunciadas por Willoughby e Reinsch. Portanto, a aura de guardião da soberania e autodeterminação atribuídas a Wilson está muito mais no plano ideológico do que lastreado na realidade, pois ele foi um dos proponentes do “colonialismo administrativo”. O propósito da estratégia wilsoniana era a construção de uma ordem internacional capitalista liberal modelada a partir de uma noção idealizada do próprio sistema estadunidense, que teria como eixo basilar uma reconfiguração dos princípios coloniais, mas não a sua abolição.
* Este texto não representa necessariamente as opiniões do Boletim Lua Nova ou do CEDEC.
Referências bibliográficas
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Macmillan. 2014.
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LÊNIN, V. I. Manifesto Comunista/Teses de abril. Boitempo Editorial, 2017.
MANELA, E. The Wilsonian Moment: self-determination and the international origins of anticolonial nationalism. Oxford: Oxford University Press, 2007.
MORRIS, H. C. Discussion. In: Proceedings of the American Political Science Association 1: 139–142, 1904.
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NASSER, R. M. Woodrow Wilson e a ideia de ordem hemisférica. Cena Internacional–Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (IREL), 8(2), 2006.
_______. Os arquitetos da política externa norte-americana. Pontifícia Universidade Católica. EDUC, 2010.
OSÓRIO, Luiz Felipe. Imperialismo, Estado e Relações internacionais. São Paulo: Ideias e Letras, 2018.
REINSCH, P. S. Colonial Government. New York: Macmillan, 1903.
SCHMIDT, Brian. Lessons from the Past: Reassessing the Interwar Disciplinary History of International Relations. International Studies Quarterly 42 (3): 433–59, 1998.
WALLERSTEIN, I. The Modern World System. Academic Press, Nova York, 1974.
WILSON, Woodrow. The study of administration. Political science quarterly, v. 2, n. 2, p. 197-222, 1887.
[1] Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais San Tiago Dantas (Unicamp/Unesp/Puc-SP), bolsista CAPES sob orientação do Prof. Andrei Koerner. Membro do Corpo Editorial do Boletim Lua Nova do CEDEC, do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais (GECI) e do Laboratório de Criminologia e Política (POLCRIM).
[2] Este escrito é uma adaptação de um trabalho escrito sob orientação do Professor Reginaldo Nasser da PUC-SP.
[3] A compreensão clássica do termo “Império” tem sido utilizada por muitos séculos, sem, no entanto, significar necessariamente imperialismo. A compreensão moderna de imperialismo surge somente após 1870, como um sistema geral de dominação econômica, sendo a dominação direta um adjunto possível, mas não necessário. No entanto, esse termo não pode ser reduzido semanticamente a um único significado.
[4] “Take up the White man’s burden / Send forth the best ye breed / Go bind your sons to exile / To serve your captives’ need / To wait in heavy harness / On fluttered folk and wild / Your new-caught, sullen peoples / Half devil and half child / […] Take up the White Man’s burden / The savage wars of peace / Fill full the mouth of Famine / And bid the sickness cease / And when your goal is nearest / The end for others sought / Watch Sloth and heathen Folly / Bring all your hope to nought.” (Rudyard Kipling, White man’s burden, 1899).
Fonte Imagética: Wikimedia Commons. President Woodrow Wilson (1913). Pintura de Frank Graham Cootes. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:President_Woodrow_Wilson_(1913).jpg>. Acesso em: 19 ago. 2023.