O falso liberalismo das elites brasileiras
Por Rafael R. Ioris
As elites brasileiras sempre se preocuparam demais com o olhar estrangeiro. Desde a colônia, passando pelo império, sua principal referência era a Europa, mas aos poucos incluia-se todos os outros também tidos como mais brancos, mais ricos, mais sofisticados e mais desenvolvidos.
Tempos de Crise
Por Natália Mello
Durante as eleições presidenciais no Brasil, em 2018, o livro mais vendido pela Amazon brasileira foi “Como as Democracias Morrem” dos norte-americanos Steven Levitsky e Daniel Ziblat. Trata-se de uma obra recém-lançada de dois cientistas políticos da Universidade de Harvard, acostumados ao estudo do declínio e quebra da democracia em diferentes países, mas agora estarrecidos por perceberem que os sinais habituais de corrosão do regime democrático despontavam nos Estados Unidos, um país reconhecido por ter um sistema inteiramente consolidado.
“Que diferença faz quem é o Ministro neste momento?” – Reflexões sobre o governo ambiental no Brasil contemporâneo
Por Pedro Vasques
Na primeira semana de novembro de 2015 ocorria o rompimento da barragem de Fundão, na cidade de Mariana/MG, controlada pela Samarco Mineração S.A., uma joint venture entre a brasileira Vale S.A. e a anglo-australiana BHP Billiton.
O bolsonarismo é um fascismo?
Por Bernardo Ricupero
A eleição de governos de extrema-direita em países tão diferentes como a Hungria, a Polônia, as Filipinas, a Itália e os EUA, trouxe o tema do fascismo de volta à agenda. Não tem faltado quem chame a atenção para analogias entre o momento histórico que vivemos e os anos 1920 e 1930.
Clássicos Lua Nova – A conversa mole da política
Clássicos da Lua Nova
Por Maria Victoria Benevides
“Política é a arte do cochicho e do comício”, dizia Benedito Valadares, velho cacique do PSD mineiro. E se os comícios voltaram com grande parte de sua sedução — até pouco tempo roída pela ditadura, pelas famigeradas leis eleitorais e pelo impacto da televisão — ainda sobrou o cochicho.
Resenha de Tese – War is peace: the US security discursive practices after the Cold War
Ao ler os discursos estadunidenses no Conselho de Segurança da ONU que legitimaram a intervenção dos EUA no Iraque, por várias vezes me questionei a respeito do que as figuras políticas queriam dizer quando usavam palavras como “democracia”, “liberdade”, “justiça” e etc., especialmente quando as utilizavam com significados diferentes para intenções igualmente diversas.
Clássicos Lua Nova – O que faremos com os militares?
Clássicos da Lua Nova
Por Eurico Figueiredo
Do ponto de vista da sociedade civil a questão militar pode ser formulada de modo claro e direto. Trata-se de se saber como controlar as Forças Armadas, pô-las a serviço das instituições civis, capturar sua lealdade e obediência face aos preceitos constitucionais vigentes.
Resenha de Tese – O Sistema Interamericano de Direitos Humanos e a Justiça de Transição: Impactos no Brasil, Colômbia, México e Peru
Na América Latina, membros do Estado e atores paraestatais envolvidos com o aparato de repressão foram capazes de evadir-se de qualquer tipo de responsabilização criminal a respeito de graves violações de direitos humanos. Desde o final da década de 1980, o Sistema Interamericano de Direitos Humanos (SIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) transformou-se numa importante ferramenta usada por diversos grupos latino-americanos para combater essa impunidade, na expectativa de punir os responsáveis, esclarecer os crimes, reparar as vítimas e impedir novas atrocidades.