Hermana Oliveira[1]
Este texto deriva de um conjunto de reflexões reunidas em dois principais trabalhos acadêmicos elaborados entre os anos de 2014 e 2018, sendo o último, a dissertação de mestrado intitulada ““Eu sou môfí”: juventude periférica, indústria cultural e luta por reconhecimento”. A partir do exercício permanente de etnografia urbana acerca dos intitulados rolezinhos foi possível discutir processos que engendram artefatos da modernidade com marcadores sociais da diferença.
Permeada pelo protagonismo da juventude negra e sua disputa por ocupar espaços urbanos, aspecto central da imperativa e estrutural segregação racial do país, este exercício sociológico identificou que a produção moral da necropolítica contra corpos jovens e negros se determina a partir da produção de categorias do entendimento e classificações comuns, disseminadas, em sua maioria, pela esfera midiática. Assim, foi possível identificar a existência de um conflito moral proveniente da disputa pelos sentidos produzidos por parte de grupos sociais estabelecidos em detrimento de populações marginalizadas, fato este, constitutivo da maneira como se relacionam os diferentes estratos da sociedade brasileira. Em 2012 surgiu em João Pessoa uma nova palavra para classificar os jovens de periferia. Difundida a partir do programa policialesco ‘Correio Verdade’, “Môfí” é uma expressão local que concretiza um conjunto de tensões e estigmas e, a partir disto, o uso desta categoria tem servido para se referir a meninos negros da periferia. Amplamente disseminada junto com o medo associado às notícias narradas nos programas sobre violência, a palavra foi constituída a partir de um conjunto de arranjos sociais sobre uma expressão regional que se refere à ideia de meu filho – ‘môfí’.
Assim, o uso do termo adquiriu abrangência quando o repórter principal do programa, que atualmente se autointitula Emerson Môfí, abordava jovens em suas entrevistas, utilizando-se do vocativo:
“Môfí não tem vergonha não?”.
O surgimento do termo abriga uma série de repercussões e expõe o tratamento midiático dado a um segmento populacional da cidade – aqueles que vivem a experiência social da ‘subcidadania’. Os môfís de João Pessoa estão inseridos na parcela da população brasileira que Jessé Souza (2009, p. 21) entende como ralé. Sempre esquecida na sua gênese e destino comuns, essa parcela da população só é percebida no debate público como um conjunto de “indivíduos” carentes ou perigosos[2].
De acordo isto, índices de mortalidade; a violência e vigilância que acometem a juventude negra nos espaços urbanos; a repressão e o estigma sobre suas formas de sociabilidade; tipos de consumo; processos que envolvem direito à cidade; a incidência de residências próximas a regiões onde está presente o tráfico de drogas ilícitas; a falta de proteção pelos direitos da criança e do adolescente; a superexploração de suas imagens por programas policiais, além das infrações aos direitos humanos; e o encarceramento em massa de pessoas negras somam-se ao racismo estrutural da sociedade brasileira que atualmente promove um dos mais altos índices de encarceramento em massa do mundo.
Segundo Borges (2019, p. 19), o Brasil tem, pelos dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (InfoPen), a terceira maior população prisional do mundo, tendo deixado a Rússia em 4º lugar em junho de 2016. Para a autora, o sistema de justiça criminal tem profunda conexão com o racismo, de modo que os processos associados a este indicador têm interferido na integridade e dignidade humana, principalmente em processos que envolvem depreciação valorativa e moral, dentre outros processos de interação social.
Diante disto, constata-se que os pressupostos da violência cotidiana vivenciada por estes grupos interferem em processos de autorreconhecimento de indivíduos pertencentes a grupos étnicos específicos, isto é, a população negra e sua permanência nos estratos sociais mais desfavorecidos da sociedade. Adentrando a opinião pública e agendas midiáticas da maioria das cidades do país, elementos morais e segregacionistas relacionam experiências e fatos que envolvem este recorte social ao repertório de categorias e classificações sobre o medo, desvio e criminalidade, constantemente associados às pessoas negras, com destaque para a juventude das periferias.
1. A tipologia môfí
Erving Goffman (1974) nos traz o conceito de estigma para discutir a produção social de identidades deterioradas. Este conceito, por sua vez, encontra ressonância com a experiencia social do grupo estudado porque os jovens pobres expostos no programa televisivo que deu origem ao termo “môfí” costumam ser identificados e, algumas vezes, expulsos dos ambientes de ampla circulação urbana, a exemplo do transporte público e de alguns shoppings centers da cidade durante os rolezinhos.
Diante disto, analisa-se a produção midiática do môfí como uma produção particular de estigma por meio de um bordão televisivo que transcende a mídia de massa e coloniza o imaginário dos citadinos. A partir deste processo, a tipologia social dos jovens de periferia passa a organizar a interação entre diferentes grupos sociais na cidade, identificando o que é o môfí a partir dos sinais diacríticos raciais e de subcidadania. É importante também dizer que os resultados da segregação, possibilitada pela desigual distribuição dos meios materiais e simbólicos da vida social entre diferentes estratos da sociedade brasileira, estão refletidos na interação cotidiana entre esses mesmos estratos.
No que tange à realidade brasileira, para Jessé Souza (2009, p. 21), a desigualdade social no Brasil é reproduzida por meio de ferramentas sutis de justificação moral, construindo determinações sobre quem merece e quem não merece os privilégios da cidadania. “Ela é reproduzida cotidianamente por meios “modernos”, especificamente “simbólicos”, muito diferentes do chicote do senhor de escravos ou do poder pessoal do dono de terra e gente, seja esta gente escrava ou livre, gente negra ou branca”.
De acordo com isto, compreende-se maneiras a partir das quais se configuram processos de discriminação pela condição de vulnerabilidade social de grupos estabelecidos em detrimento de grupos vulnerabilizados, como ocorre com a população negra no Brasil. Os subcidadãos, o que inclui a juventude negra e pobre do país estão, hoje, estritamente associados pela opinião pública a fatos cotidianos e processos de justificação das desigualdades, o que observamos, por exemplo, nos programas policiais dentre os demais setores comunicativos, televisivos e midiáticos.
2. Indústria Cultural e Artefatos da Modernidade
Na teoria crítica encontramos os conceitos de reificação e coisificação, ambos relacionados à capacidade dos indivíduos de transformar relações sociais em coisas externas aos indivíduos, independentes destes e, coercitivamente a estes. Este processo, por sua vez, está relacionado ao deslumbramento social[3] promovido pela experiência e estilo de vida das metrópoles.
De acordo com isto, os argumentos de Adorno e Horkheimer (2000, p. 185), auxiliam no entendimento de que o deslumbramento promovido pela técnica distancia os indivíduos da individualidade do sujeito, e da subjetividade de quem desempenha a ação, torpor, segundos os autores, necessários à avaliação moral, massificada. O espectador, por sua vez, não deve trabalhar com a própria cabeça; o produto prescreve qualquer reação e não o seu contexto objetivo — que desaparece e tão logo se dirige à faculdade pensante —, mas por meio dos sinais. Assim, “toda conexão lógica que exija alento intelectual é escrupulosamente evitada”.
Assim, a partir do conceito de indústria cultural, Adorno e Horkheimer (2000, p. 32) lançam luz sobre como, na modernidade, a arte e outros elementos da cultura são reificados e coisificados “sob o véu da técnica”. A partir do entendimento de que os programas televisivos da cultura de massa funcionam enquanto artífices ideológicos ao promover o deslumbramento das massas e mascarar o funcionamento da exploração na sociedade moderna e capitalista, nota-se uma correspondência entre artefatos prontos da modernidade ocidental, que incluem racionalidade e prerrogativas capitalistas com elementos simbólicos e valorativos de colonialidade, que incluem formas de segregação racial.
Estes pressupostos ou artefatos de modernidade, por sua vez, mostraram-se articularem-se com os juízos morais que os citadinos fazem dos jovens de periferia. A partir da moral considerada hegemônica, calcada em pressupostos morais da branquitude (BENTO, 2003), dialogam, por sua vez, com noções de normalidade (normatização) na orientação de noções mais amplas sobre aquilo que é considerado certo ou errado.
3. O racismo apresentado enquanto grotesco
Para Muniz Sodré (1972, p. 39), o grotesco parece ser um dos elementos básicos da cultura de massa produzida no Brasil. Segundo o autor, a organização das relações de produção engendra uma atmosfera psicossocial própria que se destina a perpetuar o seu tipo específico de relação humana. “A cultura de massa – essencialmente política – é hoje o grande medium da atmosfera capitalista. No caso brasileiro, ela é também o espelho que reflete o id e os demônios da nossa estrutura”.
Ainda sobre a cultura de massa, Muniz Sodré (1972, p. 17) ainda afirma que a parte cognitiva e a estética costumam situar-se em níveis muito superficiais com relação à cultura elevada. No entanto, a relação estética entre o consumidor e a obra é geralmente mais viva do que na cultura elevada atual. Isto porque existe maior participação psicoafetiva da parte do espectador – e toda relação estética é poderosa quando alimentada pela participação.
Sobre isto, a partir da pesquisa realizada, foi possível identificar em um programa policial da mídia de massa local a exibição da “dança do môfí”[4]. Na exibição ao vivo pela rede de televisão aberta do estado, o repórter utiliza, em sua performance, bonés específicos e característicos: o principal sinal diacrítico da moda jovem, masculina e negra das periferias.
Neste programa, em específico, o môfí é o personagem representado midiaticamente que corresponde à juventude negra e periférica da cidade, tendo em vista a sátira aos elementos, que segundo Teixeira, (2015) são os sinais diacríticos da pobreza. Além da jocosidade presente nos diálogos, suas falas possuem um tom moralizador que deprecia a imagem dos jovens de periferia, majoritariamente negros. Bonés, chinelos característicos (imitações dos chinelos da marca Kenner), todos os sinais diacríticos da moda da juventude que vive em condições de subcidadania, são, por sua vez, ridicularizados.
Autointitulado “Emerson-môfi”, o repórter que nomeia a juventude negra periférica na cidade articula e atualiza a leitura contemporânea do que representam as relações interraciais no Brasil. Sendo um homem branco com idade entre quarenta e cinquenta anos, tem enquanto foco abordagens policiais e prisões em flagrante de jovens da periferia. Durante as entrevistas, costuma zombar os meninos em situação de delito, de maneira que é a partir destes rituais de desumanização sobre os jovens indivíduos pertencentes à subcidadania que se desenvolve o caráter cômico de sua atuação.
Fonte: Acervo pessoal da autora. Captura de tela obtida através do site Instagram. Acesso: setembro 2023.
4. Juventude negra no Brasil ou a construção de um inimigo em comum
Segundo Boltanski e Thévenot (1991; 1999), a classe dominante busca implementar uma composição discursiva que inclua as “ordens de grandeza” por meio do esforço de justificação. A “cité civique” (cidade cívica), que tem os valores da coletividade e da democracia; e a “cité industrielle” (cidade industrial) com aqueles da ciência, tecnologia e eficiência, incluindo também a “cité de l’opinion” (cidade da opinião), de modo que a reputação e o reconhecimento dos atores sociais da dinâmica desempenham ações necessárias. Em face deste argumento, e a partir do recurso heurístico utilizado, é possível realizar uma genealogia dos termos adjetivos de classificação morais de jovens e menores infratores, dentre estes, “punguista, trombadinha etc.”.
No que tange à interface entre modernidade/colonialidade e processos civilizatórios implicados, é necessário, portanto, discutir a modernização no Brasil . Esta toca em problemas sociais históricos, tornando necessárias críticas acerca da produção e reprodução de desigualdades diversas, dentre estas: materiais, morais e simbólicas em seus meandros e interfaces com marcadores de classe, raça, gênero e geração, dentre outros, que se perpetram a partir do “projeto ocidental”.
Estes pressupostos simbólicos e valorativos, constituem, portanto, o entendimento dos indivíduos com relação às noções elementares de norma e desvio, certo e errado, bom e mal, de modo que não por acaso os programas policialescos no Brasil se relacionam diretamente com a experiência colonial de disciplinamento promovido pelo processo civilizatório ocidental implementado.
Nas reportagens televisivas com abordagem policial foi possível observar um apelo às figuras policiais que participam ativamente dos quadros do programa, sempre presentes nas situações-desvio. Além do caráter coercitivo que assumem historicamente por meio da violência física praticada até os dias atuais, somam-se à violência de Estado impingida aos indivíduos à margem da cidadania e ao racismo institucional de um Brasil com recente passado escravagista.
Diante do repertório colonial de concepções sobre os homens negros do Brasil, a juventude negra e periférica destes adolescentes e jovens racializados, que são em um futuro próximo os novos citadinos e cidadãos negros da nação, gira em torno de todos os sentidos sobre desvalia, insucessos e tragédias humanas infinitas acumuladas durante séculos de escravização e extermínio dessas populações.
Fonte: Acervo pessoal da autora. Site: Facebook. Acesso: 2017.
5. Luta por reconhecimento a partir da diferença
A partir da pesquisa mencionada foi observado que alguns termos utilizados pelos empreendedores do grotesco se repetem por meio das publicações produzidas por estes jovens. Gírias e chavões, apelidos como “Trakino”; “Jamaica” e “Koringa” fazem alusão ao seu universo simbólico rechaçado moralmente pela mídia de massa enquanto sinais de criminalidade, sob uma ótica positivada e de autoafirmação.
A afirmação de uma identidade calcada em uma condição de classe estigmatizada midiaticamente, mostrou em disputa elementos comuns com os ditames morais hegemônicos, como por exemplo, a exaltação da moda e de sua localidade periférica, o que configura, portanto, contraponto de autoafirmação, corroborando para disputar o conflito moral.
Diante da discussão aqui proposta, observamos, apesar da violência presente nas abordagens realizadas por policiais e repórteres dos programas mencionados, a formação do sentimento de pertencimento a um grupo social inscrito na juventude periférica de João Pessoa.
Assim, determinando-se por meio da antítese e da disputa dos sentidos presentes em categorias prisionais utilizadas pelos programas que antecipam a experiência carcerária e de morte na qual a ideia implícita é: “você não é um sujeito, você está morto”, a luta por reconhecimento desta juventude se apresenta.
Precipitada pela difusão da figura de representação midiática – môfí que ao interagir com a figura midiática dotada de seus caracteres, o indivíduo reage a si mesmo, vê-se enquanto objeto social em uma perspectiva excêntrica, experienciada socialmente por meio de uma ideia de outridade, iniciando o processo de autoidentidade.
A modernidade, seus artefatos e engrenagens disfarçadamente atuam na contemporaneidade travestidas enquanto ferramentas neutras e ascéticas na composição da vida urbana. Ela adentra a indústria do simbólico e coloniza os entendimentos da massa acerca dos sentidos morais da vida das pessoas negras, segregadas e estigmatizadas do país.
Por fim, os elementos analíticos aqui trabalhados, lançam luz sobre um problema social e sociológico, estruturante e basilar, sobre a forma como as relações entre os grupos étnico-raciais se estabelecem na sociedade brasileira na constatação de processos que engendram raça e modernidade e que resultam na elaboração de justificativas morais, comunicacionais e estéticas sobre o extermínio e a necropolítica praticada sobre corpos juvenis e negros nas cidades brasileiras e pelo estado brasileiro contemporâneo.
* Este texto não representa necessariamente a opinião do Boletim Lua Nova ou do CEDEC.
Referências bibliográficas
BOLTANSKI, Luc & THÉVENOT, Laurent. 1991. De la justification: les économies de la grandeur Paris: Éditions Gallimard.
BORGES, Juliana. Encarceramento em Massa. São Paulo: Jandaíra, 2020.
BRASIL. Ministério da Justiça. Departamento Penitenciário Nacional. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (INFOPEN). Dezembro de 2014. Disponível em: http://antigo.depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen/infopen_dez14.pdf
SODRÉ, Muniz. A comunicação do grotesco: um ensaio sobre a cultura de massa no Brasil. 11.ed. Petrópolis: Vozes, 1972
SOUZA, Jessé. (2009). A Ralé brasileira: quem é e como vive / Jessé Souza; colaboradores. André Grillo. [et al.] — Belo Horizonte: Editora UFMG.
SOUZA, Jessé. (2003). A construção social da subcidadania: Para a sociologia política de uma modernidade periférica. Minas Gerais: UFMG
SOUZA, Jessé. (2003). Não reconhecimento, subcidadania ou o que é “ser gente”? In: Lua Nova, n.59.
SOUZA, Jessé. (2005). Raça ou Classe? Sobre a desigualdade brasileira. In: Lua Nova, n. 65.
SOUZA, Jessé. A singularidade ocidental como aprendizado reflexivo: Jürgen
Habermas e o conceito de esfera pública. In:______. A modernização seletiva: uma
interpretação do dilema brasileiro. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2000.
TEIXEIRA, Alessandra. Construir a delinquência, articular a criminalidade [recurso eletrônico]: um estudo sobre a gestão dos ilegalismos na cidade de São Paulo / Alessandra Teixeira. — São Paulo: FFLCH/USP, 2015. 4198.4 kB ; PDF. — (Produção Acadêmica Premiada) Originalmente apresentada como Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2012.https://spap.fflch.usp.br/sites/spap.fflch.usp.br/files/pap_alessandrateixeira_20_07_2015.pdf
[1] Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Sociologia na Universidade Federal da Paraíba, é Mestre em Sociologia e Graduada em Ciências Sociais pela mesma instituição. Realizou pesquisa de mestrado acerca da produção moral de um estereótipo urbano sobre a juventude negra, sua relação com a indústria cultural, e luta por reconhecimento. Em 2012 colaborou com a escrita do livro: “Umbanda: Missão do Bem” de Marinalva Amélia da Silva (Mãe Marinalva) sob a supervisão do Prof. Dr. Antônio Giovanni Boaes Gonçalves. Possui ampla experiência etnográfica. Atualmente desenvolve tese sobre protagonismo e feminismo negro na elaboração políticas públicas. E-mail: hermanacof@gmail.com
[2] Estes dados foram estudados a partir da pesquisa para dissertação de mestrado defendida em 2018, na Universidade Federal da Paraíba.
[3] Assim como o deslumbramento promovido pela técnica, outros processos relacionados às emoções dos indivíduos, ao espírito da modernidade e à vida nas metrópoles, foram identificados por Simmel e Boltanski a respeito do comportamento blasé, e do sofrimento distante, respectivamente.
[4] https://www.youtube.com/watch?v=xwNtU3hos60&ab_channel=programasozuera
Fonte Imagética: Acervo pessoal da autora. Captura de tela obtida através do site Instagram. Acesso: setembro 2023.