Chile: duas esquerdas e um bombardeio que ainda ecoa

Por Joana Salém Vasconcelos. Na manhã de 11 de setembro de 1973, os poucos comandantes militares do alto escalão que permaneceram alinhados à Constituição chilena e ao lado de Salvador Allende se juntaram ao presidente dentro do Palácio de La Moneda. Entre eles estavam o coronel Valenzuela e o coronel Sergio Badiola (exército), o general Sepúlveda (carabineros), o comandante Jorge Grez (marinha) e o comandante Roberto Sánchez (aeronáutica). Já o general Prats, símbolo máximo do legalismo militar, não foi localizado pelo gabinete de Allende nas horas decisivas que antecederam o bombardeio (Garcés, 1993, p. 322).

A Luta contra o Terrorismo: os Estados Unidos e os amigos talibãs

Por Reginaldo Nasser. O século XXI se iniciou, efetivamente, com dois novos tipos de conflitos armados: os atentados terroristas do dia 11 de setembro e a Guerra Global contra o Terrorismo. Na verdade, não se pode dizer que a “guerra contra o terrorismo” é uma guerra dentro dos padrões históricos e conceituais. Não há nenhum inimigo a conquistar, nenhuma terra a capturar, nenhuma maneira de saber quando a guerra foi ganha ou não, ou muito menos se haverá ou não uma negociação ou um acordo de paz que colocará fim no conflito.