Ceticismo, política e “a questão da postura adequada frente a um tirano”
Por João Paulo de Castro Bernardes. Acredito não ser impreciso, ou ousado, afirmar que, desde a publicação da clássica obra de Richard H. Popkin, em 1960, os estudos sobre o ceticismo desfrutaram de um importante revigoramento. Isso se deu, sobretudo, com a recuperação historiográfica e filosófica do pensamento cético moderno que tal obra promoveu, o qual teria sido bastante negligenciado nos anos subsequentes ao Iluminismo (NETO et alli, 2009, p. 1).