Evangélicos, teologia do domínio e voto nas eleições de 2022

Por Helcimara Telles e Horrana Grieg S. Oliveira. O Brasil, ao longo dos últimos anos, tem sofrido uma transformação demográfica que levou à expansão dos grupos e da fé da evangélica entre a população. Os católicos, entre os anos de 1970 até 2010, sofreram uma redução de 27,2 pontos percentuais (p.p). Estima-se que, em 2030, os católicos e evangélicos latu senso (evangélicos de missão, evangélicos de origem pentecostal e evangélicos não determinados) terão participações próximas na sociedade, representando 39,8% e 38% respectivamente na população brasileira .

Arremate! Vencer de novo e consolidar a vitória!

Por Sebastião Velasco e Cruz. Foi por muito pouco. Não liquidamos a fatura no domingo, mas alcançamos uma vitória memorável. Apesar da sórdida campanha de difamação nas redes e da tática desesperada do insulto lançado face a face em mal denominado debate, Lula venceu Bolsonaro no primeiro turno por 5 pontos percentuais e mais de 6 milhões de votos.Não aquilatamos bem o tamanho do feito se não o colocamos em perspectiva e não indicamos a natureza do embate. Em 2 de outubro Lula recebeu 48,43% dos votos válidos (o segundo melhor resultado obtido pelo PT nesta etapa da eleição presidencial, praticamente igualando o obtido por ele em 2006 (48,6%), quando conduziu a disputa em pleno exercício do mandato de Presidente.

Nessas eleições mais uma vez o ódio sai do armário

Por Juliana Inez Luiz de Souza. Os números, infelizmente, são velhos conhecidos. O Brasil é o quinto país que mais mata mulheres (FBSP, 2022; IPG, 2016) e o que mais mata pessoas LGBT+ , principalmente pessoas trans, no mundo (ACONTECE; ANTRA; ABGLT, 2022; BOHRER, 2022; PINHEIRO, 2022). Nestas eleições não podemos banalizar a influência dos discursos de violência, ódio e medo que também foram mobilizados como “arma política” nas disputas anteriores.

Eleições 2022: o que está em jogo?

Por Maria do Socorro S. Braga e Johnny Daniel M. Nogueira. O Brasil atravessa uma das conjunturas mais desafiadoras de sua República após a redemocratização e promulgação da Constituição de 1988. As eleições deste ano se configuram como o acontecimento central a partir do qual o país poderá sair da encruzilhada de fortuna histórica que resultou na chegada da extrema-direita ao poder central em 2018. O processo eleitoral, por sua dimensão e seus efeitos, afeta o destino de milhões de pessoas e coloca em jogo projetos políticos de país e de políticas públicas que, tanto por sua presença ou ausência, impactam diretamente a sociedade.