Dando um “grau” no fascismo

Por Márcio Macedo. São Paulo, dia 9 de junho de 2025. 11 horas da manhã. Estou em casa assistindo à CNN internacional, quando me deparo com uma imagem, colocada de fundo durante a fala de um jornalista, que poderia definir os protestos que tem acontecido em Los Angeles (LA ou “El Ei”) desde sábado passado. Um carro controlado por GPS da empresa Waymo queima em chamas, enquanto um garoto de feições latinas dá um “grau” (empina) na sua bike, passando ao lado do veículo destruído. A bicicleta versus o carro. A bicicleta, uma das contraculturas da modernidade, inspiro-me aqui em Paul Gilroy que por sua vez “sampleou” a ideia de Zygmunt Bauman, atacando ou tirando onda das lógicas de fascismo de mercado de forma criativa, festeira, arriscada e violenta.

Fascismo: Revolução ou Contrarrevolução

Por Lucas Barcos Rodrigues. Não é incomum encontrarmos atores políticos que se referem ao Golpe Militar de 1964 no Brasil como uma “Revolução”. Servidores do Inep realizaram denúncias pelo jornal Folha de S.Paulo, em 2021 , após o então presidente Jair Bolsonaro ter pedido ao então ministro da Educação Milton Ribeiro para que trocasse o termo “Golpe” por “Revolução” nas provas do Enem daquele ano. Da mesma maneira que não há um esclarecimento devido quanto ao ocorrido no Brasil, ao ponto do próprio presidente preferir se referir a ele como uma Revolução, o mesmo se aplica para o caso do Fascismo e do Nazismo na Europa na primeira metade do século XX.

Notas sobre o bonapartismo, o fascismo e o bolsonarismo

Por Bernardo Ricupero
Ao tentarmos decifrar a natureza do que é chamado de bolsonarismo – fenômeno que vai além da liderança de Jair Bolsonaro – talvez seja prudente servir-nos de referências já clássicas. Acredito que as interpretações que mais podem nos ajudar a enfrentar o desafio são as explicações a respeito do bonapartismo e do fascismo.