Josué de Castro e a fome como problema político e estrutural

Por Adriana Salay. “O ‘profeta da fome mundial’, como seus muitos amigos gostavam de chamá-lo, está morto” (Fundação, s.d.). Josué de Castro morreu em Paris, vítima de um ataque cardíaco em 24 de setembro de 1973, aos 65 anos. Em setembro de 2023 completa-se o cinquentenário desse fatídico dia, ao mesmo tempo em que entreguei minha tese de doutorado sobre o intelectual e a formação da fome cotidiana como um problema discutido publicamente. Este texto apresenta algumas ideias desse trabalho desenvolvido no Departamento de História da USP, sob a orientação do professor Miguel Palmeira.

Toda fome é uma decisão política

Por Thiago Lima
Imagine uma vala aberta com lixo radioativo.[2] Por décadas. Por séculos. Agora, imagine que existam tecnologia e recursos para isolar completamente este lixo radioativo, tornando-o inofensivo. Mas, imagine que isso não seja feito. Imagine que as empresas invistam seus recursos na produção de medicamentos e tratamentos para venda.

Entrevista com a profa. Walquíria Leão Rego (Ciência Política – Unicamp)

Por Camila Góes e Thais Pavez
Desde junho de 2013, quando foi lançado, o livro Vozes do Bolsa Família (ed. Unesp) tem suscitado uma quantidade enorme de debates entre pesquisadores e figuras públicas (cf. Leão Rego; Pinzani, 2014). Um dos motivos para tamanho alcance pode ser atribuído à particularidade oferecida pela junção de análises qualitativas e reflexões teóricas presentes na obra.