Nações difíceis

Por Dylan Riley. Tradução de Julio Tude d’Avila. Eu nunca havia ido à Grécia, mas ao nível da vida-mundo trata-se de um lugar completamente familiar: numerosos mercados pequenos, cafés, boticários, uma eventual livraria, um padrão de trânsito caótico com motoqueiros que desafiam a morte ao costurar entre ônibus e táxis. Em certo sentido, Atenas parece uma cidade genérica do sul da Europa. Claro que existem diferenças, especialmente se a comparamos a Roma. A fragilidade econômica é mais palpável; um shopping elegante da virada do século que me lembra do grande shopping no centro de Milão está abandonado, ainda vemos nas janelas os nomes de joalherias, lojas de roupas sofisticadas e restaurantes que atendiam aos interesses de pessoas que não têm mais a renda que tinham.