Guerras, G20 Brasil, e a construção de um novo internacionalismo

Por Gilberto Cunha Franca. Nos dias 18 e 19 de novembro, os chefes de Estado que integram o G20 estarão reunidos no Brasil. Ainda que incerta e menos provável, existe a possibilidade de ter na mesma mesa os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da Rússia, Vladimir Putin, as duas maiores potências envolvidas direta ou indiretamente nas guerras da Ucrânia e da Faixa de Gaza, que agora se estende para o Líbano e para o Irã. Com o fracasso da ONU e do seu Conselho de Segurança em chegar a um acordo para sequer evitar o escalonamento dessas guerras, é mais provável que não se chegue a qualquer declaração nesse sentido no âmbito do G20. Entre polarizações geopolíticas que se sobrepõem aos acirramentos geoeconômicos, as potências e, diria, indiretamente os demais Estados do G20, parecem mais envolvidos no problema do que na solução.