James Baldwin e a evidência das coisas vistas
Por Danillo de Matos Santos Costa. O papel de um escritor que usa até a última gota da sua experiência nos seus escritos é analisado no ensaio The discovery of what it means to be an american, publicado no seu livro de 1961, Nobody knows my name. No texto, Baldwin revela que deixou os Estados Unidos porque duvidava que pudesse sobreviver à fúria do problema racial que vigorava então, e que pretendia evitar se tornar “[…] meramente um negro; ou, até mesmo, meramente um escritor negro” (BALDWIN, 1991, p. 17). O autor queria descobrir como sua experiência poderia ser usada para conectá-lo com os outros, em vez de isolá-lo. Em resumo, ele sentia a necessidade de “[…] encontrar os termos em que minha experiência poderia ser relacionada com a de outros, negros e brancos, escritores e não escritores” (ibid, p. 17).