Resenha de “Marx Selvagem”, de Jean Tible (Autonomia Literária, 2020)

Por Fábio Nogueira. Na aridez que por vezes assume o debate intelectual e acadêmico, conferindo a este o que o cantor Cazuza chamou de “museu de grandes novidades”[2], Jean Tible propõe um encontro tão improvável quanto necessário entre Marx com a América Indígena. O livro está em dividido em quatro capítulos: o primeiro dedica-se a construir o encontro de Marx com a América Indígena; o segundo analisa os escritos de Marx e Engels, em especial sobre a Comuna rural russa (mir) e os Cadernos Etnológicos, que se dedicaram às sociedades não europeias; o terceiro se concentra nos diálogos entre Marx e Clastres e, por fim, o quarto e último capítulo estuda as cosmopolíticas ameríndias.