A Consequência da Textualidade: comentário sobre “O Conceito de Linguagem e o Métier d’Historien” de J. G. A. Pocock
Por Andréia F. Cardoso. Neste breve texto, nosso objetivo é abordar a característica da textualidade do campo de estudos do historiador descrito por J. G. A. Pocock em “O Conceito de Linguagem e o Métier d’Historien” (2003a [1989]), e a consequente diferenciação em relação a uma história das mentalités (história das mentalidades). Para tanto, analisamos os argumentos apresentados neste artigo com base no que o autor desenvolve em um segundo texto, “O Estado da Arte” (2003b [1995]), em que ele aborda uma vez mais a atividade do historiador do discurso político. Aqui, destacamos a articulação do discurso e da resposta em texto, que indicam que sua história do discurso é fortemente textual.
Contexto no singular e no plural: contextualismo e história social da teoria política
Por Sérgio M. Benedito. No campo da teoria política, de maneira geral, quando se faz referência ao contextualismo, logo entendemos que se trata da chamada Escola de Cambridge, representada com algumas variações e várias familiaridades por autores como Quentin Skinner, John Dunn e John Pocock. Não se trata é claro da única abordagem de ênfase histórica, mas daquela mais notória, por sua defesa de que autores e obras do passado devem ser situados em seu ambiente histórico para um melhor entendimento do que quiseram dizer ou sua intenção (Bevir, 2011).