A antipolítica em junho de 2013: uma pequena minoria de vândalos

Por Acácio Augusto. Convencionou-se dizer, desde um ponto de vista sociológico, que as manifestações de rua naqueles dias e a sequência de atos que explodiram em todo país não foram como um raio em céu azul. Comumente busca-se expor uma compreensão verificável de que aquelas manifestações não surgiram sem prévia mobilização e que tiveram, de certa forma, um cenário político-social favorável, embora a dimensão dos atos tenha sido imprevisível e seus efeitos inesperados. Esta chave de análise interessa a identificação dos chamados “atores políticos e sociais” para derivar seus efeitos institucionais e os desdobramentos de suas ações para a política de representação.
Na pandemia movimentos sociais mostram sua força e competência
Por Paolo Colosso
Nos tempos pré-COVID, ações coletivas pautadas pela cooperação e solidariedade eram vistas como elementos residuais da vida social marcada pelos parâmetros liberais de conduta. Mas o trauma coletivo gerado pela pandemia tem sido um choque que suspende os nexos sedimentados. Nesse estado de emergência vem à tona, ao mesmo tempo, o que produzimos de melhor e de pior em termos civilizatórios.