Rezingas de baldado

Por Andrei Koerner. O presidente Jair Bolsonaro levou 45 horas para se manifestar sobre o resultado da eleição presidencial e, quando o fez, não reconheceu a derrota, enaltecendo, pelo contrário, os manifestantes que já bloqueavam as rodovias e se manifestavam em frente a quartéis e outros locais públicos contestando o resultado da eleição e reivindicando uma intervenção militar. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proclamara os resultados poucas horas depois do fechamento das urnas e a correção do pleito fora reconhecida por autoridades políticas nacionais e estrangeiras, dirigentes partidários e outros atores políticos e sociais.
“Atividade parlamentar no subsistema do Bolsa Família”: mais uma contribuição da Ciência Política que avança para além da “chapa-branca” nos estudos de transferência de renda

Por Pedro Aluízio R. Leão. São dignos de nota os esforços dos (as) pesquisadores (as) do campo de Ciência Política para superar as produções tecnicistas, que se tornaram a marca registrada do Banco Mundial, sobre os programas de transferência de renda [cash transfer programs]. Esses relatórios e policy papers oriundos principalmente das instituições de Bretton Woods formaram um corpo teórico que ajudou a disseminar por todo o Atlântico Sul um formato específico de política pública, baseado na transferência monetária condicionada a famílias pobres e extremamente pobres.
Resenha de: ABRANCHES, Sérgio. Presidencialismo de coalizão: raízes e evolução do modelo político brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
Por Raul Wesley Leal Bonfim
Em 1988, o cientista político Sérgio Abranches, no artigo intitulado “Presidencialismo de Coalizão: O Dilema Institucional Brasileiro (1988)”, publicado na revista Dados, formulou pela primeira vez o termo “presidencialismo de coalizão” para caracterizar o desenho institucional do sistema político brasileiro. A principal peculiaridade desse modelo, que combinava sistema proporcional, multipartidarismo e presidencialismo, estaria na organização do Executivo com base em grandes coalizões.
Censo Demográfico: mais de um século de contribuições à sociedade brasileira
Por Paulo Jannuzzi
O Brasil seria diferente do que é hoje se não fossem as informações produzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com todas as iniquidades sociais que ainda persistem no país, o quadro seria seguramente muito pior sem informações estatísticas levantadas há mais de 80 anos ou quase 150 anos, se forem considerados os esforços nesse sentido ao final do Império.