O Desafio na Representação Legislativa Carioca

Por Vagner Gomes de Souza. As eleições municipais de 2024 são a primeira de âmbito local na terceira década deste século e a primeira realizada após o anúncio do fim da pandemia da Covid-19. Em 2020, a abstenção eleitoral chegou a números elevados, o que pode ter impactado em muitos resultados eleitorais majoritários, com certeza, isso ocorreu nas eleições legislativas em que o sistema é proporcional. A redução do coeficiente eleitoral por conta do crescimento do não voto (abstenção, brancos e nulos) beneficia ou prejudica as candidaturas mais “ideológicas” ou consolidadas em grandes máquinas eleitorais?
A Agenda dos Direitos na Campanha Eleitoral para a Prefeitura do Rio de Janeiro em 2024

Por Marcia Ribeiro Dias. A campanha eleitoral à prefeitura das cidades brasileiras em 2024 tem sido dominada pela animosidade entre candidatos, acusações mútuas e até mesmo violência física, tendo a principal capital brasileira, São Paulo, como palco central de um espetáculo dantesco. A dimensão propositiva dos debates entre candidatos tem sido praticamente nula, sendo esse espaço dominado pela campanha negativa e pela tentativa incessante de cada uma das candidaturas de desqualificar seus adversários.
O que as mulheres falam quando falam de água?

Por Camila Fernandes e Camila Pierobon. Neste texto, apresentamos os principais argumentos que mobilizamos no artigo” Cuidar do outro, cuidar da água: gênero e raça na produção da cidade”, publicado na Revista Estudos Avançados (v. 37, n. 107). Partimos da constatação empírica de que a água é distribuída desigualmente pela cidade do Rio de Janeiro e pela região metropolitana. Dessa constatação, elaboramos a seguinte pergunta: quais os efeitos de classe, raça e gênero que o fornecimento diferencial de água produz na vida dos moradores de periferias urbanas? Foi para responder a esta questão que nos juntamos para escrever o artigo.
O Rio de Janeiro entre a Máquina Política e o Voto Religioso

Por Felipe Borba e Vitor Peixoto. últimos seis anos, seis governadores ou ex-governadores foram presos ou afastados do cargo por denúncias de corrupção. O histórico de prisões começou em novembro de 2016, quando Anthony Garotinho foi preso por compra de votos nas eleições para prefeito de Campos daquele ano. Na sequência, vieram as prisões de Sérgio Cabral (junho de 2017), Rosinha Garotinho (novembro de 2017), Luiz Fernando Pezão (novembro de 2018) e Moreira Franco (março de 2019).