O Modernismo Inacabado de Oswald de Andrade

Por Ronaldo Tadeu de Souza. No ano em que se comemora o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, veio à tona o debate sobre o predomínio forjado dos paulistas de acontecimento decisivo na formação da cultura brasileira. Não se duvida que alguns dos principais organizadores, divulgadores e personalidades da semana em São Paulo, eventualmente, tinham interesses particulares na construção da ideia de que a cidade era o locus irradiador de inovações das artes no país. E que mesmo a crítica paulista (Sérgio Buarque de Holanda, Antonio Candido e Alfredo Bosi, por exemplo) desejou de modo arguto o auto-privilégio em erigir aquela semana como os mais precípuos dias da vida espiritual da nação.