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Início > BRICS 2025

A Diversidade do BRICS+: Vantagens para uma Ordem Multipolar mais Inclusiva

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Vitor dos Santos Bueno[1]

20 de junho de 2025

Esta publicação faz parte de uma série especial de análises sobre a 17ª Cúpula dos BRICS, que ocorrerá no Brasil sob a presidência rotativa do país em 2025. Fruto de uma nova parceria entre o Boletim Lua Nova e pesquisadores do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, esta série visa aprofundar o debate sobre os principais temas, prioridades e desafios que marcarão este importante encontro multilateral.

***

A expansão dos BRICS começou com a entrada da África do Sul em 2011 – antes o grupo tinha o nome de BRIC – e se ampliou mais ainda em 2023, com novos países convidados na Cúpula realizada no país. A ocasião foi marcada  pela adesão de Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes ao grupo (a Argentina também foi convidada, mas o governo de Javier Milei recusou a participação). Em 2025, a Indonésia se tornou membro integrante e, em 13 de junho, o Vietnã entrou para o grupo como parceiro. Essa nova formação, agora chamada de BRICS+, fez ressurgir algumas discussões sobre o foco e as diferenças entre os países membros fundadores. A chegada de novos países, com diferentes características internas, reforçou uma das bandeiras centrais do grupo, que é a construção de alternativas para as formas de desenvolvimento e participação em organismos multilaterais no cenário global.

Com a nova formação, o processo decisório do grupo, baseado no consenso entre todos os membros, ampliou a necessidade de concordância dos cinco integrantes originais  (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para os atuais onze países. Além dos membros, o BRICS+ também é composto por seus parceiros associados,  anunciados na declaração da Cúpula de Kazan, em 2024, na Rússia. Os atuais parceiros do bloco são Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.

A ampliação dos BRICS+ pode ser compreendida, portanto, em dois momentos principais: o primeiro na Cúpula de Joanesburgo em 2023, que introduziu cinco novos membros; e o segundo, na Cúpula da Rússia em 2024, que criou a categoria de parceiros. Com esses movimentos, a influência do grupo se traduz em números expressivos: os membros dos BRICS+ representam 49% da população mundial, detêm  36% do território, 39% do PIB global e 23% do comércio internacional (Banco Central, 2025).

Figura 1- Mapa dos BRICS+ e seus parceiros em junho de 2025.

Fonte: Elaboração própria, usando Mapchart

Com seu significativo alcance, a diversidade e complementaridade dos países membros também podem ser vistas na economia, como mostra o Balanço de Comércio dos BRICS de 2025. Para além do comércio em números, desde 2013 o Conselho Empresarial dos BRICS (BRICS Business Council – BBC) busca aumentar a interconexão entre os países em nível empresarial, tema central para a atual presidência brasileira no governo dos BRICS. A conjuntura atual de instabilidade comercial global, causada pela ampliação das tarifas americanas, permitiu que os negócios tivessem um espaço maior nas discussões, com o intuito de estimular conexões e expansões empresariais brasileiras e dos membros do BRICS+. O resultado deve ser publicado como um Relatório Anual, assim como foi feito em 2024 na Rússia com o Relatório Anual do Conselho Empresarial do BRICS de 2024.

Para além das questões econômicas e comerciais, o BRICS+ conta com diversos grupos de trabalho internos voltados para outras áreas de extrema relevância. O FABRICS (Fórum Acadêmico dos BRICS), que ocorrerá entre 25 e 26 de junho de 2025 em Brasília, é um exemplo de grupo de trabalho com foco na interconexão entre acadêmicos dos países e que pretende estabelecer uma plataforma voltada à troca de informações e à condução de pesquisas sobre temas de interesse comum. Além do campo científico, questões de gênero são tratadas pela Aliança Empresarial das Mulheres (WBA), que se reuniu em março de 2025. Mesmo com um foco empresarial, o grupo visa ampliar a participação econômica das mulheres e promover a cooperação entre empresas lideradas por mulheres. A justiça também é um tema tratado pelo Grupo de Trabalho Anticorrupção (estabelecido em 2015), um fórum para discussão sobre governança no Sul Global. Esses são três exemplos da diversidade e amplitude da atuação dentro dos BRICS+.

Entre os membros dos BRICS+, a diversidade é também uma marca e encontra um ponto comum de interesses em temas relacionados à reforma da governança global. O fórum multilateral se torna atrativo e receptivo aos mercados emergentes e aos países em desenvolvimento. Cada país do BRICS+ traz consigo um conjunto singular de experiências, capacidades produtivas e inserções regionais, o que amplia a capacidade de articulação e influência do grupo. A diversidade religiosa, linguística, cultural e política permite que o BRICS+ tenha uma leitura mais abrangente dos desafios globais, como segurança alimentar, mudanças climáticas, desigualdade social, governança digital e reformas nas instituições multilaterais. Enquanto a China representa a maior economia industrial do grupo, o Brasil desponta como potência agrícola; a Índia possui uma base tecnológica em crescimento; a África do Sul atua como ponte com o continente africano; e os países do Oriente Médio agregam força energética e financeira.

Essa pluralidade de perfis favorece o diálogo intercultural e a cooperação em múltiplas frentes. A diversidade também se traduz em complementaridades econômicas: o intercâmbio comercial e de investimentos entre os membros pode reduzir a dependência de mercados tradicionais e fortalecer cadeias produtivas próprias. Além disso, ao compartilharem experiências sobre desenvolvimento, industrialização e combate à pobreza, os países do BRICS+ podem construir soluções adaptadas às suas realidades, sem a imposição de modelos externos.

Do ponto de vista político, a diversidade do grupo o torna mais legítimo para propor reformas na governança global, como a ampliação do Conselho de Segurança da ONU, a revisão das regras da OMC e a criação de instrumentos financeiros alternativos ao sistema dolarizado. Ao mesmo tempo, essa pluralidade exige capacidade de articulação e respeito às diferentes visões internas, evitando que as divergências paralisem a agenda comum. Um exemplo é o desafio em relação às negociações ambientais e a postura dos países formadores do bloco, que passou a ser uma das seis prioridades da presidência brasileira dos BRICS em 2025.

Nesse sentido, discussões sobre a unidade do grupo como um bloco sólido têm voltado à tona. Alguns interlocutores acreditam que o BRICS é um fórum com o intuito de substituir mecanismos tradicionais, como o Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial, por meio do Novo Banco de Desenvolvimento (também conhecido como Banco dos BRICS). Outros afirmam que há a intenção de destituir o dólar como moeda global em troca de uma moeda dos BRICS ou de seus integrantes, afirmação esta que já foi rejeitada por um ex diretor do FMI. Segundo ele, o que se propõe, no âmbito do financiamento internacional multilateral, é uma alternativa, e não a exclusão desses instrumentos já estabelecidos.

É possível compreender, portanto, que com mais integrantes, o consenso passa a ser mais difícil, mas quando atingido, passa a ter mais força por sua amplitude. As diferenças entre os 11 países membros do BRICS+ são o destaque e a potencial força motriz do grupo. Diferentemente de agrupamentos mais homogêneos, como o G7, é o espaço diverso o que traz a vantagem para o fórum multilateral. A diversidade entre os países membros sustenta a ideia de que todos devem ser ouvidos, mesmo que tenham populações, economias, religiões, culturas e formas de se governar distintas. Essa visão, citada por Lula e Xi Jinping em 2023, na Cúpula da África do Sul, oferece uma nova forma de justiça e de governança inclusiva, necessária na atualidade.

* Este texto não reflete necessariamente as opiniões do Boletim Lua Nova ou do CEDEC. Gosta do nosso trabalho? Apoie o Boletim Lua Nova!


[1] Professor Adjunto de Negócios Internacionais pelo Instituto de Desenvolvimento e Pesquisa Brasileiro (IDP), Doutorando em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, Mestre em Relações Internacionais pela Universidade Federal da Integração Latino Americana (UNILA), Membro da Observa China 观中国. E-mail de contato: vitor.bueno@idp.edu.br

Revista Lua Nova nº 120 - 2023

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