24 de fevereiro de 2022: O Retorno da Guerra em Grande Escala

Serge Yosypenko1 O texto a seguir corresponde à intervenção do professor Serge Yosypenko no evento “24 de fevereiro de 2022: o retorno da guerra em grande escala”. A conferência completa pode ser assistida em vídeo aqui. A tradução foi realizada pelo professor Felipe Freller (DCP-USP/CEDEC), e uma versão abreviada desta intervenção foi publicada no caderno […]
O Lugar dos EUA no Oriente Médio sob Debate: reflexões sobre o dossiê Debating American Primacy in the Middle East

Esta Série Especial do Boletim Lua Nova publicará, ao longo dos próximos meses, reflexões de pesquisadoras e pesquisadores do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais (GECI/PUC-SP), desenvolvidas no 1º semestre de 2025 a partir de um ciclo de leituras e debates em torno de Debating American Primacy in the Middle East, organizado pelo Project on Middle East Political Science (POMEPS) e pelo Mershon Center for International Security Studies, da The Ohio State University.
As relações entre Orçamento Participativo e justiça territorial: uma contribuição teórico-prática

Por Rodrigo Sartori Bogo. A gestão urbana e participativa no Brasil tem, no momento presente, sido composta por algumas contradições significativas. Posso destacar duas dentre as mais importantes, e ambas giram em torno da relevância e do legado do orçamento participativo (doravante OP). A primeira diz respeito à intensa disputa pelo controle dos recursos públicos manifestada na atual – e intensa – tensão entre executivo e legislativo no nível federal, com o segundo “capturando” investimentos (que poderiam estar em ministérios, e, consequentemente, voltado a políticas públicas) por via de emendas parlamentares majoritariamente opacas (Fedozzi, 2024); enquanto, ao mesmo tempo, o executivo tenta emplacar inovações democráticas na escala nacional por via de sua Secretaria Nacional de Participação Social, incluindo a proposta de um Orçamento Participativo Nacional.
A política das classes médias: corporativismo no Brasil pós-1930

Por Marco Aurélio Vannucchi. A tese que este livro sustenta é a da existência de um corporativismo voltado às classes médias, erigido e colocado em funcionamento durante o regime varguista. A importante e volumosa literatura sobre o corporativismo brasileiro interessou-se pela relação do empresariado e dos trabalhadores com o Estado, mas pouco percebeu que o mesmo movimento que incorporou politicamente, em chave corporativa, esses grupos sociais também abrangeu as classes médias. E, a partir da década de 1930, boa parte da ação coletiva das classes médias canalizou-se para o aparato corporativo.
Para reler Fernando Henrique Cardoso

Leonardo Belinelli1 Pedro Luiz Lima2 Karim Helayel3 5 de setembro de 2025 *** O Boletim Lua Nova publica a introdução de Fernando Henrique Cardoso: modos de ler, organizado por Leonardo Belinelli, Pedro Luiz Lima e Karim Helayel, lançado pela Hucitec Editora. A obra pode ser acessada e adquirida neste link. Agradecemos aos autores pela gentileza […]
MEMÓRIAS DO GENOCÍDIO ARMÊNIO E SEU IMPACTO NAS RELAÇÕES TURCO-ESTADUNIDENSE

Beatriz Lupetti1 Mariana Boujikian2 Tito Lívio Barcellos Pereira3 3 de setembro de 2025 Memorial do genocídio armênio em Ierevan. (Acervo pessoal, Mariana Boujikian) No dia 24 de abril de 2025, o governo da República da Armênia relembrou os 110 anos do genocídio sofrido pelo seu povo. As autoridades políticas do país, membros da sociedade civil […]
Quando a crítica vira criação: coletivos culturais e novas formas de se organizar e agir politicamente

Marcelo de Souza Marques1 1º de setembro de 2025 Entre 2013 e 2016, o Brasil viveu um período de efervescência social e política marcado por grandes protestos em todo o país. Inicialmente convocadas por pautas progressistas, como a redução da tarifa do transporte público, as manifestações rapidamente se tornaram um terreno de disputa entre diferentes […]
Lélia Gonzalez, o Pensamento Social Brasileiro e a Luta Radical contra o Racismo: 90 Anos do Nascimento de Uma Intelectual Incontornável

Por Ronaldo Tadeu de Souza. Em 2025, completam-se noventa anos do nascimento de Lélia Gonzalez, intelectual fundamental para o pensamento social brasileiro e referência incontornável na luta antirracista, feminista e latino-americana. Responsável por articular teoria e prática na denúncia das desigualdades de raça, classe e gênero, Lélia Gonzalez deixou um legado que ultrapassa as fronteiras da academia e inspira movimentos sociais, ativistas, artistas e pesquisadores dentro e fora do Brasil.
“ESCUDO DE ABRAÃO”: As Relações Especiais EUA-ISRAEL no Redesenho das Alianças no Oriente Médio

Por Isabela Agostinelli e Shajar Goldwaser. No dia 26 de junho de 2025, Tel Aviv amanheceu com um outdoor com a seguinte mensagem: “A ‘Aliança de Abraão’: é tempo para um novo Oriente Médio”. Na imagem, Donald Trump aparece centralizado e, ao seu redor, estão figuras como o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu; o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman; e até mesmo Abu Mohammad al-Julani, também conhecido como Ahmed al-Sharaa, novo chefe de Estado da Síria, após a queda de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024. Líder do Hay’at Tahrir al-Sham (HTS), al-Julani chegou a ser considerado terrorista e procurado pelos Estados Unidos em 2017.
24 de fevereiro de 2022: O retorno da guerra em grande escala

Trata-se de uma conferência online com Serge Yosypenko, do Instituto de Filosofia da Academia de Ciências de Kiev e professor de filosofia na Universidade de Lausanne, na Suíça. Essa conferência está sendo organizada principalmente pelos professores Felipe Freller e Eunice Ostrensky, associados do Cedec e colegas de outras áreas e instituições que estão construindo a iniciativa de um Núcleo de Estudos da Ucrânia (NEU), o qual se propõe a estreitar os laços com a comunidade acadêmica ucraniana, cujas vozes têm sido raramente ouvidas no debate mundial sobre a Guerra da Ucrânia. A conferência online do Prof. Yosypenko no Cedec foi pensada como parte dessa iniciativa de estreitamento do diálogo com a comunidade acadêmica ucraniana, a fim de ampliar as vozes e perspectivas que são escutadas sobre a guerra em curso.