A educação brasileira e o racismo autoritário

Por Alexandre Filordi
Todo racismo é autoritário. A sociedade que trafega normalmente sob o racismo estrutural, dia após dia, não prescinde do hábito de suas estruturas autoritárias. Aceitar um desses aspectos é ser conivente com o outro.

ENTRADA E SAÍDA PELA DIREITA: o filtro migratório no governo de Jair Bolsonaro

Por José Lindomar Coelho Albuquerque e Por Maria Florencia Salmuni
O primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (sem partido)  acentuou o processo de controle migratório, filtro ideológico e criminalização dos imigrantes, sobretudo de países periféricos, em detrimento das políticas de abertura e garantia de direitos humanos.

Notas sobre o bonapartismo, o fascismo e o bolsonarismo

Por Bernardo Ricupero
Ao tentarmos decifrar a natureza do que é chamado de bolsonarismo – fenômeno que vai além da liderança de Jair Bolsonaro – talvez seja prudente servir-nos de referências já clássicas. Acredito que as interpretações que mais podem nos ajudar a enfrentar o desafio são as explicações a respeito do bonapartismo e do fascismo.

Essa gente, de Chico Buarque

Por Leonardo Octavio Belinelli de Brito
À primeira vista, Essa gente, sexto romance de Chico Buarque, parece ser uma novela escrita em forma de diário pelo protagonista, o escritor Manuel Duarte, no qual são anotadas relatos e mensagens enviadas e recebidas entre dezembro de 2016 e setembro de 2019. Porém, não se trata apenas disso, pois o livro contém passagens em que outros personagens são autores dos trechos.

Sobre “As políticas de abate social no Brasil contemporâneo”, reflexões com Amélia Cohn no Cedec

Por Raissa Wihby Ventura
Com a palavra, o atual mandatário da República brasileira. ” Os caras vão morrer na rua igual barata, pô. E tem que ser assim”[2]; “Ideologia de gênero é coisa do capeta”[3]; “Sou o capitão motosserra”[4]; “Todo mundo gostaria de passar a tarde com um príncipe. Principalmente vocês, mulheres”[5]; “Quilombola não serve nem para procriar”[6].

Resenha de: FRASER, Nancy; ARUZZA, Cinzia; BHATTACHARYA, Tithi. Feminismo para os 99%. Um Manifesto. São Paulo: Boitempo, 2019.

Por Yara Frateschi
Escrito a seis mãos, Feminismo para os 99%. Um Manifesto foi publicado no dia 08 de março de 2019 simultaneamente em mais de vinte idiomas e em países como Estados Unidos, Brasil, Itália, França, Espanha, Inglaterra, Argentina, Suécia, Turquia, Hungria, entre outros. Coisa rara no mercado editorial mundial, mais rara ainda – inédita, efetivamente – para um manifesto feminista e que entra em campo assumindo-se abertamente anticapitalista.

A crítica de Habermas na compreensão da judicialização da política brasileira

Por André Augusto Salvador Bezerra
A instabilidade institucional pela qual o país atravessa aponta os efeitos perversos, para a democracia e para a mobilização social que dela decorre, da utilização do Judiciário como instrumento de repressão política.  São simbólicas as condenações contra candidatos a mandatos eletivos, proferidas no decorrer da chamada Operação Lava Jato por um juiz federal que veio a se tornar ministro da Justiça de governo adversário de alguns dos condenados.

Matrix bolsonarista para a acumulação sádica do capital

Por Josnei di Carlo

Na passagem do século XX para o XXI, o sucesso da trilogia cinematográfica Matrix levou Gangrena Gasosa, em seu Sarava Metal, a cantar que “Eu não entendi/ Matrix”[3]. A ironia é atual na medida em que o campo democrático e, principalmente, o Partido dos Trabalhadores (PT) não entenderam que não há como criar uma oposição dentro da Matrix bolsonarista.