Por José A. Lindgren-Alves
Em 20 de novembro de 2020, quando o Vice-Presidente da República declarou que no Brasil não havia racismo, a afirmação causou perplexidade. Não porque se imaginasse que o General Mourão fosse racista.

Por José A. Lindgren-Alves
Em 20 de novembro de 2020, quando o Vice-Presidente da República declarou que no Brasil não havia racismo, a afirmação causou perplexidade. Não porque se imaginasse que o General Mourão fosse racista.
Por J. A. Lindgren-Alves
No panorama apavorante em que se encontrava o Brasil desde meados de março, quando autoridades estaduais e municipais começaram a adotar medidas de isolamento social para reduzir a disseminação do coronavírus, indo contra a vontade do Presidente da República, a situação política do país foi-se agravando de tal maneira, junto com a tragédia sanitária, que outras questões graves não tinham condições de se impor na consciência do público.
Por Andrei Koerner e Flávia Schilling
Muito além das metáforas, lidamos agora com uma pandemia real, que desvela como nunca os mundos desiguais e injustos que habitamos. Deixa a nu, como jamais antes, que o objetivo do grupo alçado ao poder em 2016, o de “destruir tudo isso que está ai”, passou pela destruição e precarização do Sistema Único de Saúde (SUS), do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do sistema de Ciência e Tecnologia (C&T). Ou seja, de todos os instrumentos potentes de políticas públicas de proteção, duramente construídos nos últimos trinta anos.
Por Márcio Augusto Scherma
No momento em que a candidatura de Jair Bolsonaro foi lançada, um receio generalizado tomou conta de órgãos e pessoas comprometidos com a promoção dos direitos humanos (DH) no Brasil. O histórico de declarações do candidato nesse tema sustentava concretamente este receio.
Por Lara Martim Rodrigues Selis
“Isso tudo é maneira de dividir a sociedade. Não devemos ter classes especiais, por questão de cor de pele, por questão de opção sexual, por região, seja lá o que for. Nós somos todos iguais perante a lei. Somos um só povo”[2]. Nessa declaração, dada por Jair Bolsonaro em 2018, quando ainda era candidato à presidência, vemos ganhar corpo uma estratégia discursiva que, em menos de um ano, tornaria-se uma das tônicas de seu governo. Por meio dela, ataques sistemáticos são direcionados contra as posições de diferença, eliminadas sob justificativa de unidade. A falsa simetria justifica a transformação dos marcadores de diferença em ameaças sociais, então contrapostas a um nome único, a nação.
Por Andrei Koerner e
Sebastião Velasco e Cruz
O artigo reproduzido parcialmente abaixo foi escrito há dois meses para ser publicado na imprensa francesa, mas permaneceu inédito. Não procuramos explicar as razões pelas quais a imprensa internacional deu tão pouco espaço para as denúncias de que o impeachment da Presidenta Dilma Rousseff (PT) é um golpe contra a democracia no Brasil.