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Início > Política Internacional e Estados Unidos | Relações Internacionais e Estados Unidos

O Estadista e o Autocrata Delirante (Parte II)

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Tatiana Teixeira[1]

4 de outubro de 2025

            Em parceria com o Observatório Político dos Estados Unidos (OPEU), o Boletim Lua Nova republica a análise em três partes sobre os discursos dos Presidentes Lula e Trump na Assembleia Geral das Nações Unidas. O texto foi originalmente publicado em 25 de setembro de 2025, no site do OPEU.

***

O pronunciamento de Lula na ONU ressoou, de forma coerente, o também histórico discurso de sua vitória eleitoral, em 30 de outubro de 2022. Passados quatro anos de extrema direita no Planalto, a mensagem do então recém-eleito presidente era a de que, primeiramente, precisaríamos reconstruir a confiança dentro e fora de casa, recuperando nossa credibilidade, previsibilidade e legitimidade com nossos parceiros internacionais.

Após quatro anos de extrema direita, Lula relembrou o que é e como funciona a democracia. De uma perspectiva muito diferente do Brasil de Bolsonaro e dos Estados Unidos de Trump, ele expôs seu entendimento sobre características desse sistema político e as raízes iluministas e revolucionárias de tais valores e ideias: união e paz, participação, liberdade religiosa, justiça, Constituição, mais inclusão social e oportunidades, mais respeito, mais liberdade, igualdade e fraternidade. A democracia está, afirmou Lula em 2022, acima de partidos políticos, interesses pessoais e ideologias e, como nos lembra Wallerstein (O declínio do poder americano, Contraponto, 2004), pressupõe igualdade e o livre exercício da cidadania.

Ainda no mesmo discurso, antecipava-se o que seria a agenda interméstica do Brasil e que vimos ser defendida na AGNU, na terça-feira. Acabar com a fome é pauta prioritária que se tornaria (mais uma vez) exemplo para o mundo, junto com a defesa do combate à pobreza e a busca de um crescimento econômico com inclusão social, da reindustrialização do país e de sustentabilidade ambiental por meio de uma economia verde e digital. O Brasil, continuou Lula, deve contribuir para o desenvolvimento dos países mais pobres, compartilhando tecnologia, e ser mais do que um exportador de commodities, também exportando conhecimento. Boa parte desses elementos reapareceu em sua fala no último dia 23, durante a qual o presidente Lula foi aplaudido em diferentes momentos. Entre eles, estão sua defesa da democracia e da soberania, sua crítica à classificação de Cuba como país terrorista e sua denúncia do genocídio em Gaza – esta última, reproduzida no trecho abaixo:

“Nenhuma situação é mais emblemática do uso desproporcional e ilegal da força do que a da Palestina. Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo. Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza. […] Ali também estão sepultados o Direito Internacional Humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente. Esse massacre não aconteceria sem a cumplicidade dos que poderiam evitá-lo. Em Gaza a fome é usada como arma de guerra e o deslocamento forçado de populações é praticado impunemente”.

O momento é de gravidade nos 80 anos de existência da ONU, cuja autoridade institucional se encontra “em xeque”. Em sucessivas declarações veladas, mas inquestionavelmente direcionadas aos EUA de Trump 2.0, Lula alerta sobre a “consolidação de uma desordem internacional”, na qual “atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando a regra”. Ao relacionar a “crise do multilateralismo” com o “enfraquecimento da democracia”, ele descreve um cenário que remete, também sem afirmá-lo de forma direta, aos EUA do presente: “Em todo o mundo, forças antidemocráticas tentam subjugar as instituições e sufocar as liberdades. Cultuam a violência, exaltam a ignorância, atuam como milícias físicas e digitais, e cerceiam a imprensa”. No caminho contrário, ressalta que “o Brasil optou por resistir e defender sua democracia” e critica “as medidas unilaterais e arbitrárias contra nossas instituições e nossa economia”, assim como a “agressão contra a independência do Poder Judiciário” e a “ingerência em assuntos internos”.

Sem citar o nome de seu antecessor, Lula destaca o julgamento e a condenação daquele que atentou contra o Estado Democrático de Direito com a ajuda dos “falsos patriotas” da extrema direita nacional “subserviente”, assim como dos EUA: “Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis. Seguiremos como nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela”. Aqui, registra-se um momento de intensa ovação.

Democracia, insiste ele, “… pressupõe a redução das desigualdades e a garantia dos direitos mais elementares: a alimentação, a segurança, o trabalho, a moradia, a educação e a saúde”. Além da divergência sobre a concepção deste termo tão fundamental e de outros pontos já mencionados, a cada tema de seu discurso, descortinam-se os elementos do grande abismo político-ideológico que afasta o Brasil de Lula dos EUA de Trump 2.0: prioridades domésticas e em política externa; regulação do setor tecnológico (IA, Big Techs, Internet, mercados digitais); combate ao aquecimento global e à mudança climática, por meio de desenvolvimento sustentável, transição energética sem lógica predatória e um regime “com dentes”; reformas na ONU e no sistema multilateral de comércio, com a refundação da OMC; “jogo de soma zero” na ordem internacional (o conhecido modus operandi de Trump); ou ainda, a estrutura do sistema internacional.

“O século 21 será cada vez mais multipolar. Para se manter pacífico, não pode deixar de ser multilateral. O Brasil confere crescente importância à União Europeia, à União Africana, à ASEAN, à CELAC, aos BRICS e ao G20. A voz do Sul Global deve ser ouvida”, declara Lula, mostrando que o Brasil não está sozinho. Uma mensagem, também, a seu interlocutor americano.

Leia a parte seguinte aqui.

* Este texto não reflete necessariamente as opiniões do Boletim Lua Nova ou do CEDEC. Gosta do nosso trabalho? Apoie o Boletim Lua Nova!

Referência imagética: Presidente Lula discursa na abertura do Debate Geral da 80ª Sessão Ordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas, sede da ONU, Nova York, em 23 set. 2025 (Crédito: Ricardo Stuckert/PR/Flickr).


[1] Editora-chefe do OPEU e U.S. State Department Alumna (SUSI 2025). Esteve nos EUA em junho e julho de 2025 para participar do curso de American Politics and Political Thought, realizado no âmbito da Civic Initiative, do Donahue Institute, vinculado à Universidade de Massachusetts Amherst (UMass). O programa Study of the United States Institutes (SUSI 2025) é patrocinado pelo Departamento de Estado dos EUA e administrado pela Universidade de Montana (UM). Trabalhos decorrentes do programa ou outros relacionados aos Estados Unidos são considerados de totais autonomia, iniciativa e responsabilidade da pesquisadora e não representam qualquer endosso ou adesão a quaisquer políticas e agendas por parte do governo americano atual, ou anteriores. Contato: tatianat19@hotmail.com. 

Revista Lua Nova nº 120 - 2023

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