Apresentação dos Cadernos Cedec, número 140: Colonialidade, Racialidade, Punição e Reparação nas Américas (Séculos XIX-XXI)

Por Alessandra Teixeia, Andrei Koerner e Raissa Ventura. O Colóquio Internacional Colonialidade, Racialidade, Punição e Reparação nas Américas (Séculos XIX-XXI), realizado de 26 a 29 de novembro de 2024, com financiamento do Instituto Beja, no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), propôs-se a examinar os modos pelos quais os sistemas punitivos foram moldados por experiências coloniais e hierarquias raciais, traçando um arco que conecta o passado escravista às práticas contemporâneas de punição, vigilância e encarceramento.[4] Além disso, investigou estratégias insurgentes, proposições transformadoras e soluções reparatórias para as violências cometidas pelo aparato legal e penal do Estado.

Protesto “No Kings” Mostra que o Rei Está Nu

Em 18 de outubro, mais de sete milhões de pessoas foram às ruas em cerca de 2.700 localidades em todos os 50 estados americanos, assim como na capital, Washington, D.C., em adesão ao protesto “No Kings”, para denunciar o autoritarismo do governo Trump 2.0. Isso equivale a 2% da população total do país, hoje em torno de 340 milhões de pessoas. As informações acima são dos organizadores, que também fazem uma irônica comparação: o total de manifestantes do último sábado foi, segundo eles, 14 vezes maior do que o público presente nas duas posses de Donald Trump, em 2017 e em 2025. 

Apresentação do Dossiê (Des)regulamentação do digital na democracia constitucional publicado na Revista Mediações

A publicação do dossiê (Des)regulamentação do digital na democracia constitucional pela Revista Mediações, em agosto de 2025, integra as atividades do Projeto Acervo Digital Cedec-Ceipoc – coordenado pelo Prof. Andrei Koerner (Unicamp) e financiado pelo CNPq e pela Fapesp. Concebida nesse contexto, a iniciativa editorial dialoga com um conjunto de reflexões anteriores sobre a mobilização e avaliação crítica das tecnologias digitais, voltadas à compreensão e ao diagnóstico das inflexões democráticas do tempo presente. Tais reflexões materializaram-se em publicações como o Caderno Cedec n. 131 e a edição n. 123 da Revista Lua Nova. Em linhas gerais, os artigos apresentados no dossiê reúnem pesquisas empíricas sobre as transformações das normatividades sociais introduzidas por essas tecnologias, bem como sobre suas implicações para as formas de produção do Direito e para a própria dinâmica da democracia constitucional. 

Lançamento: E-book “Lutas e Imaginações” propõe caminhos para uma democracia mais justa

15 de outubro de 2025 Já está disponível para download o e-book Lutas e Imaginações: abrindo caminho para a justiça na democracia brasileira. A coletânea, elaborada pelo Desjus – Seminários sobre Desigualdades e Justiça Social, oferece uma análise crítica sobre as falhas da nossa democracia e as desigualdades estruturais que persistem no país. A publicação […]

O Aparelhamento Ideológico das Forças Armadas dos EUA e os Ecos de um Corolário Roosevelt

Por Yasmin Abril M. Reis. A realidade distópica ilustrada no filme “Guerra Civil” (Civil War, em inglês) de 2024, dirigido por Alex Garland, é um espelho inquietante do momento atual dos Estados Unidos. Embora a analogia entre realidade e ficção não implica necessariamente no “vai se realizar”, no entanto, paralelos entre o filme e o governo Donald Trump (2025) são evidentes de se encontrarem. A interseção pode ser identificada a partir de alguns vetores, tais como: a convocação extraordinária de militares de alta patente globalmente, o discurso de uma “guerra interna” e os desafios simbólicos às normas militares tradicionais sinalizam que os limites do poder militar e os freios constitucionais enfrentam testes sem precedentes.  

Os Amnésicos e os Capitães

Por Glenda Mezarobba.O julgamento do Supremo Tribunal Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete ex-integrantes de seu governo trouxe novamente à memória —aqui, ali, nos votos dos ministros e na decisão da corte— a ditadura militar.

Uma etnografia sobre responsabilizações de violências policiais pelo Ministério Público de Campinas (SP)

Por Marina de Oliveira Ribeiro. “Na verdade, para mim era muito claro que aquilo era uma gambiarra”, confessou-me, durante entrevista, a promotora de justiça que aqui nomeio como Conceição. A “gambiarra” referida dizia respeito às formas assumidas por um projeto estabelecido entre 2015 e 2018 por três promotoras de justiça de Campinas (SP), sob o qual me debrucei durante o mestrado em Antropologia Social na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).