Modernismo revisitado pela arte indígena: Denilson Baniwa e a Re-antropofagia

Por Jucimara Braga Alves e Edgar Roberto Kirchof. O artigo “Modernismo revisitado pela arte indígena: Denilson Baniwa e a Re-antropofagia”, recentemente publicado na revista Organon (UFRGS), é resultado de uma pesquisa de doutorado sobre a obra de Denilson Baniwa. O texto aborda o modo como o artista indígena tensiona e ressignifica a relação do modernismo brasileiro com as culturas indígenas do Brasil por meio de sua obra.

O Modernismo Inacabado de Oswald de Andrade

Por Ronaldo Tadeu de Souza. No ano em que se comemora o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, veio à tona o debate sobre o predomínio forjado dos paulistas de acontecimento decisivo na formação da cultura brasileira. Não se duvida que alguns dos principais organizadores, divulgadores e personalidades da semana em São Paulo, eventualmente, tinham interesses particulares na construção da ideia de que a cidade era o locus irradiador de inovações das artes no país. E que mesmo a crítica paulista (Sérgio Buarque de Holanda, Antonio Candido e Alfredo Bosi, por exemplo) desejou de modo arguto o auto-privilégio em erigir aquela semana como os mais precípuos dias da vida espiritual da nação.

Modernismos e Mário de Andrade: um estudo sociológico sobre suas presenças

Por Lucas Gabriel Feliciano Costa. Além de bela, cheia de conhecimento e imaginação, engajada ou não, artística ou popular, MA me ensinou que “Arte é uma forma de contato, é uma forma de crítica, é uma forma de correção. É uma forma de aproximação social” (Andrade, 2013, p. 336). A arte e o conhecimento brasileiro de MA é um resultado da relação que só existe na relação, que se cria pela relação. A relação e seus produtos me interessam, como me interessa MA. A relação é o sacrifício da dicotomia entre interesse e desinteresse, entre coletivo e individual. É unidade, complexificação necessária, sem totalizar.

Bolsonaro como um parêntese na história brasileira?

Por Bernardo Ricupero
Benedetto Croce perguntou, pouco antes de chegar ao fim o domínio do fascismo na Itália: “o que é na nossa história um parêntese de vinte anos?”. Mais recentemente, Joe Biden defendeu, na sua vitoriosa campanha presidencial, trazer os EUA “de volta à decência”, depois do desvio que representariam os anos Trump.