O Presente como problema na democracia brasileira: pesquisa e intervenção em Ciência Política e Direito Constitucional

Por Andrei Koerner, Mariele Troiano e Lígia Freitas Barros. O artigo faz uma análise da produção acadêmica sobre a democracia brasileira, focando em duas áreas de conhecimento: ciência política e direito constitucional. Ele contribui para o conhecimento dessa produção acerca da democracia constitucional brasileira atual ao evidenciar como as análises políticas e constitucionais se relacionam com o tempo, apontando formas recentes de redefinir essa relação. De modo geral, o trabalho aproxima-se de estudos da história do presente e propõe novas perspectivas de pesquisa, reflexão e ação política em prol de uma democracia constitucional mais substantiva.
Manutenção hegemônica e Aparelhos Ideológicos de Estado: a política externa dos EUA para a América Latina

24 de setembro de 2025 Dia 25, o Ineu receberá a professora Camila Vidal, para falar sobre a política externa dos EUA para a América Latina! O evento poderá ser acompanhado remotamente, pelo canal do ineu no YouTube! https://youtube.com/@inctineu
Das “Ruas Árabes” às Elites em Aliança: as contradições e tensionamentos da primazia americana no Oriente Médio após o 07 de outubro de 2023

Por Karime Ahmad Borraschi Cheaito e Rodrigo Amaral. Pensar e debater a hegemonia e a legitimidade estadunidense no sistema internacional não é um movimento novo. No entanto, no compilado de ensaios publicados em fevereiro de 2025 pelo Project on Middle East Political Science (POMEPS) e Mershon Center for International Security Studies, da Universidade de Ohio, intitulado Debating American Primacy in the Middle East, torna-se notório que essas duas variáveis permanecem fundamentais ao analisar os interesses e atuações dos Estados Unidos (EUA) no Oriente Médio.
Caracterização dos feminismos negros: dos coletivos da geração MNU às coletividades virtuais

Por Dulcilei da Conceição Lima. O feminismo negro surge por meio dos coletivos de mulheres negras no final dos anos 1970, a partir do processo de abertura política que permitiu a reorganização de movimentos sociais como o sindicalista, o estudantil, o movimento negro e feminista, ganhando efetivamente projeção nacional e identidade própria apenas em 1986 (Lima, 2011; Rios, 2017).
Oriente Médio em disputa: (des)ordem regional e os limites da primazia dos Estados Unidos

Isabela Agostinelli1 *** Esta Série Especial do Boletim Lua Nova publicará, ao longo das próximas semanas, reflexões de pesquisadoras e pesquisadores do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais (GECI/PUC-SP), desenvolvidas no 1º semestre de 2025 a partir de um ciclo de leituras e debates em torno de Debating American Primacy in the Middle East, organizado […]
O impacto da proposta chinesa de Civilização Ecológica no Sistema Agroalimentar: uma análise da experiência da COFCO International

Por Laura Schneider e Marina Oliveira. O cenário de emergência climática tem exigido a construção de novas políticas ambientais não apenas para governos, mas também para empresas ao redor de todo o mundo. Na China, esse movimento tem sido guiado pelo Estado a partir da construção de sua proposta de Civilização Ecológica, que incorpora aspectos ambientais, sociais, políticos, econômicos e culturais para a construção de uma política ambiental transdisciplinar. Essa iniciativa evidencia a relevância estratégica da busca por sustentabilidade ambiental para o país, considerando tanto a manutenção da vida humana e da natureza como o seu processo de crescimento e desenvolvimento socioeconômico.
24 de fevereiro de 2022: O Retorno da Guerra em Grande Escala

Serge Yosypenko1 O texto a seguir corresponde à intervenção do professor Serge Yosypenko no evento “24 de fevereiro de 2022: o retorno da guerra em grande escala”. A conferência completa pode ser assistida em vídeo aqui. A tradução foi realizada pelo professor Felipe Freller (DCP-USP/CEDEC), e uma versão abreviada desta intervenção foi publicada no caderno […]
O Lugar dos EUA no Oriente Médio sob Debate: reflexões sobre o dossiê Debating American Primacy in the Middle East

Esta Série Especial do Boletim Lua Nova publicará, ao longo dos próximos meses, reflexões de pesquisadoras e pesquisadores do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais (GECI/PUC-SP), desenvolvidas no 1º semestre de 2025 a partir de um ciclo de leituras e debates em torno de Debating American Primacy in the Middle East, organizado pelo Project on Middle East Political Science (POMEPS) e pelo Mershon Center for International Security Studies, da The Ohio State University.
As relações entre Orçamento Participativo e justiça territorial: uma contribuição teórico-prática

Por Rodrigo Sartori Bogo. A gestão urbana e participativa no Brasil tem, no momento presente, sido composta por algumas contradições significativas. Posso destacar duas dentre as mais importantes, e ambas giram em torno da relevância e do legado do orçamento participativo (doravante OP). A primeira diz respeito à intensa disputa pelo controle dos recursos públicos manifestada na atual – e intensa – tensão entre executivo e legislativo no nível federal, com o segundo “capturando” investimentos (que poderiam estar em ministérios, e, consequentemente, voltado a políticas públicas) por via de emendas parlamentares majoritariamente opacas (Fedozzi, 2024); enquanto, ao mesmo tempo, o executivo tenta emplacar inovações democráticas na escala nacional por via de sua Secretaria Nacional de Participação Social, incluindo a proposta de um Orçamento Participativo Nacional.
A política das classes médias: corporativismo no Brasil pós-1930

Por Marco Aurélio Vannucchi. A tese que este livro sustenta é a da existência de um corporativismo voltado às classes médias, erigido e colocado em funcionamento durante o regime varguista. A importante e volumosa literatura sobre o corporativismo brasileiro interessou-se pela relação do empresariado e dos trabalhadores com o Estado, mas pouco percebeu que o mesmo movimento que incorporou politicamente, em chave corporativa, esses grupos sociais também abrangeu as classes médias. E, a partir da década de 1930, boa parte da ação coletiva das classes médias canalizou-se para o aparato corporativo.