Caracterização dos feminismos negros: dos coletivos da geração MNU às coletividades virtuais

Por Dulcilei da Conceição Lima. O feminismo negro surge por meio dos coletivos de mulheres negras no final dos anos 1970, a partir do processo de abertura política que permitiu a reorganização de movimentos sociais como o sindicalista, o estudantil, o movimento negro e feminista, ganhando efetivamente projeção nacional e identidade própria apenas em 1986 (Lima, 2011; Rios, 2017).
Oriente Médio em disputa: (des)ordem regional e os limites da primazia dos Estados Unidos

Isabela Agostinelli1 *** Esta Série Especial do Boletim Lua Nova publicará, ao longo das próximas semanas, reflexões de pesquisadoras e pesquisadores do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais (GECI/PUC-SP), desenvolvidas no 1º semestre de 2025 a partir de um ciclo de leituras e debates em torno de Debating American Primacy in the Middle East, organizado […]
O impacto da proposta chinesa de Civilização Ecológica no Sistema Agroalimentar: uma análise da experiência da COFCO International

Por Laura Schneider e Marina Oliveira. O cenário de emergência climática tem exigido a construção de novas políticas ambientais não apenas para governos, mas também para empresas ao redor de todo o mundo. Na China, esse movimento tem sido guiado pelo Estado a partir da construção de sua proposta de Civilização Ecológica, que incorpora aspectos ambientais, sociais, políticos, econômicos e culturais para a construção de uma política ambiental transdisciplinar. Essa iniciativa evidencia a relevância estratégica da busca por sustentabilidade ambiental para o país, considerando tanto a manutenção da vida humana e da natureza como o seu processo de crescimento e desenvolvimento socioeconômico.
24 de fevereiro de 2022: O Retorno da Guerra em Grande Escala

Serge Yosypenko1 O texto a seguir corresponde à intervenção do professor Serge Yosypenko no evento “24 de fevereiro de 2022: o retorno da guerra em grande escala”. A conferência completa pode ser assistida em vídeo aqui. A tradução foi realizada pelo professor Felipe Freller (DCP-USP/CEDEC), e uma versão abreviada desta intervenção foi publicada no caderno […]
O Lugar dos EUA no Oriente Médio sob Debate: reflexões sobre o dossiê Debating American Primacy in the Middle East

Esta Série Especial do Boletim Lua Nova publicará, ao longo dos próximos meses, reflexões de pesquisadoras e pesquisadores do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais (GECI/PUC-SP), desenvolvidas no 1º semestre de 2025 a partir de um ciclo de leituras e debates em torno de Debating American Primacy in the Middle East, organizado pelo Project on Middle East Political Science (POMEPS) e pelo Mershon Center for International Security Studies, da The Ohio State University.
As relações entre Orçamento Participativo e justiça territorial: uma contribuição teórico-prática

Por Rodrigo Sartori Bogo. A gestão urbana e participativa no Brasil tem, no momento presente, sido composta por algumas contradições significativas. Posso destacar duas dentre as mais importantes, e ambas giram em torno da relevância e do legado do orçamento participativo (doravante OP). A primeira diz respeito à intensa disputa pelo controle dos recursos públicos manifestada na atual – e intensa – tensão entre executivo e legislativo no nível federal, com o segundo “capturando” investimentos (que poderiam estar em ministérios, e, consequentemente, voltado a políticas públicas) por via de emendas parlamentares majoritariamente opacas (Fedozzi, 2024); enquanto, ao mesmo tempo, o executivo tenta emplacar inovações democráticas na escala nacional por via de sua Secretaria Nacional de Participação Social, incluindo a proposta de um Orçamento Participativo Nacional.
A política das classes médias: corporativismo no Brasil pós-1930

Por Marco Aurélio Vannucchi. A tese que este livro sustenta é a da existência de um corporativismo voltado às classes médias, erigido e colocado em funcionamento durante o regime varguista. A importante e volumosa literatura sobre o corporativismo brasileiro interessou-se pela relação do empresariado e dos trabalhadores com o Estado, mas pouco percebeu que o mesmo movimento que incorporou politicamente, em chave corporativa, esses grupos sociais também abrangeu as classes médias. E, a partir da década de 1930, boa parte da ação coletiva das classes médias canalizou-se para o aparato corporativo.
Para reler Fernando Henrique Cardoso

Leonardo Belinelli1 Pedro Luiz Lima2 Karim Helayel3 5 de setembro de 2025 *** O Boletim Lua Nova publica a introdução de Fernando Henrique Cardoso: modos de ler, organizado por Leonardo Belinelli, Pedro Luiz Lima e Karim Helayel, lançado pela Hucitec Editora. A obra pode ser acessada e adquirida neste link. Agradecemos aos autores pela gentileza […]
MEMÓRIAS DO GENOCÍDIO ARMÊNIO E SEU IMPACTO NAS RELAÇÕES TURCO-ESTADUNIDENSE

Beatriz Lupetti1 Mariana Boujikian2 Tito Lívio Barcellos Pereira3 3 de setembro de 2025 Memorial do genocídio armênio em Ierevan. (Acervo pessoal, Mariana Boujikian) No dia 24 de abril de 2025, o governo da República da Armênia relembrou os 110 anos do genocídio sofrido pelo seu povo. As autoridades políticas do país, membros da sociedade civil […]
Quando a crítica vira criação: coletivos culturais e novas formas de se organizar e agir politicamente

Marcelo de Souza Marques1 1º de setembro de 2025 Entre 2013 e 2016, o Brasil viveu um período de efervescência social e política marcado por grandes protestos em todo o país. Inicialmente convocadas por pautas progressistas, como a redução da tarifa do transporte público, as manifestações rapidamente se tornaram um terreno de disputa entre diferentes […]